
O XVII Fórum Nacional dos Governadores, realizado nesta quarta-feira (13) em Belém, marcou um momento histórico para a diplomacia climática brasileira.
O evento, que reuniu governadores, vice-governadores e autoridades nacionais no Centro de Economia Criativa do Parque da Cidade, encerrou com a aprovação unânime de uma carta de apoio à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em Belém. A declaração aprovada pelos governadores vai além do apoio logístico à conferência.
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O documento reafirma a soberania da Amazônia e reconhece os direitos dos povos originários, posicionando o Brasil como protagonista mundial na agenda de desenvolvimento sustentável.
"É importante termos ciência de que a COP não é apenas um evento ambiental. Hoje, o meio ambiente deve ser visto de forma transversal, dialogando com todas as agendas econômicas e geopolíticas do planeta", destacou o governador do Pará, Helder Barbalho, ao abrir o fórum.
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Impactos econômicos da COP 30 no Pará
Os preparativos para a conferência climática já demonstram resultados concretos na economia paraense. Segundo dados apresentados no fórum:
- Mais de 30 obras estruturantes em andamento na capital;
- 5 mil empregos diretos gerados pela preparação do evento;
- 68% de crescimento na abertura de novas empresas no Pará em 2025;
- Terceira posição no ranking nacional de crescimento do PIB;
- Previsão de alta de 3,5% no PIB estadual para 2025.
"É fato que ser sede da COP posicionou Belém em uma condição de protagonismo", afirmou Barbalho, ressaltando que pela primeira vez o estado aparece entre os três primeiros colocados no crescimento econômico nacional.
Uma conferência global com DNA brasileiro
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, contextualizou a evolução das conferências climáticas, explicando como a agenda ambiental se tornou também econômica e geopolítica.
"As COPs se tornaram um encontro não só dos governos que negociam, mas também do setor privado, da ciência, da academia e da sociedade civil", explicou.
Mobilização institucional total
O apoio à COP30 transcende as esferas estaduais. O presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado Chicão, reafirmou o compromisso institucional da Casa com as ações governamentais para a conferência.
O prefeito de Belém, Igor Normando, ampliou a perspectiva ao destacar que os desafios da capital são compartilhados por muitos municípios amazônicos. "A COP deixou de ser apenas de Belém, do Pará ou da Amazônia. Ela é do Brasil, é de todos nós", declarou.
Amazônia como protagonista global
A escolha de Belém como sede da COP30 representa mais que uma decisão logística. A capital paraense, localizada no coração da maior floresta tropical do mundo, simboliza o compromisso brasileiro com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.
"A COP30 será em Belém, na Amazônia, mas deve ser vista como a COP do Brasil. O sucesso da conferência será o sucesso do Brasil, porque aquilo que concebermos aqui posicionará o nosso país como líder da agenda da sustentabilidade", enfatizou o governador Helder Barbalho.
A mensagem central do fórum foi clara: a COP30 representa uma oportunidade única para o Brasil liderar globalmente a transição para um modelo econômico sustentável. Como resumiu Barbalho: "permitindo que a floresta viva valha mais do que a floresta morta".
A conferência está programada para ocorrer de 10 a 21 de novembro no Centro de Economia Criativa do Parque da Cidade, em Belém, reunindo líderes mundiais, cientistas, empresários e representantes da sociedade civil para definir os rumos da política climática global.
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