
O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) passou mal nesta segunda-feira (4) ao receber a informação da prisão domiciliar do seu pai, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo relatos, o vereador está sendo atendido por um cardiologista, em um hospital na Barra da Tijuca nesta noite.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou nesta segunda a prisão domiciliar de Bolsonaro, por entender que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeos exibidos por apoiadores durante manifestações no domingo (3).
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Bolsonaro estava proibido de usar redes sociais, mesmo que intermédio de outras pessoas. A decisão o torna o quarto ocupante do cargo máximo do país a ser preso desde a redemocratização --antes dele, já tiveram o mesmo destino Fernando Collor, Lula (PT) e Michel Temer (MDB).
Moraes proibiu visitas na prisão domiciliar, a não ser de advogados e de pessoas autorizadas nos autos, e vetou o uso de celulares, diretamente ou por meio de outras pessoas. O ministro do STF afirmou ainda que o descumprimento da prisão domiciliar resultará na decretação de prisão preventiva.
Carlos Bolsonaro participou da manifestação em Florianópolis (SC), estado onde deve se lançar ao Senado no próximo ano. Seu irmão Flávio Bolsonaro (PL-RJ) estava no Rio de Janeiro.
Durante manifestação no Rio de Janeiro, Flávio fez uma ligação com o pai, transmitida durante o ato.
No telefonema, o ex-presidente se limitou a dizer: "obrigado a todos. É pela nossa liberdade, nosso futuro, nosso Brasil. Sempre estaremos juntos".
O senador chegou a publicar o vídeo nas redes sociais, mas depois o apagou. Ele disse à Folha, antes da decisão de Moraes, que o fez por orientação dos advogados de seu pai.
Flávio disse entender que não havia qualquer problema na publicação, mas optou por seguir orientação da defesa e falou em insegurança jurídica.
"Na minha opinião, não havia problema, já que ele faz apenas uma saudação. Não falou de processo, que é a vedação da cautelar. Mas os advogados dele estavam em dúvida e pediram para retirar", afirmou à Folha de S.Paulo.
"É uma insegurança jurídica sem precedentes na história do Brasil. Essa censura prévia é completamente inconstitucional e arbitrária", completou.
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A ausência de Bolsonaro na manifestação se deveu às medidas cautelares que tinham sido impostas a ele por Moraes. O magistrado apontou risco de fuga, em meio à atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto a autoridades dos EUA.
Proibido de usar redes sociais, o ex-presidente acompanhou as manifestações de sua casa, em Brasília, com alguns poucos auxiliares.
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