
Sebastião Salgado, 80, um dos maiores fotógrafos do mundo, morreu nesta sexta-feira (23) em Paris. A causa da morte ainda não havia sido divulgada até o final da tarde, pelo horário da França. Salgado sofria de problemas de saúde crônicos relacionados à malária, doença que contraiu nos anos 1990.
Neste sábado (24), participaria do vernissage de vitrais desenhados pelo filho Rodrigo, que tem síndrome de Down, para uma igreja na cidade de Reims. Na véspera, Salgado havia cancelado sua presença em um encontro para jornalistas também em Reims, alegando problemas de saúde.
Leia também:
- Sebastião Salgado vê estrago de Bolsonaro na Amazônia
- Novos poetas do Norte mergulham na delicadeza dos dias
- Mestre Damasceno é reconhecido com Ordem do Mérito Cultural
A reportagem da Folha esteve com Salgado há um mês, para entrevistá-lo sobre os vitrais de Rodrigo. Na ocasião, ele disse que vinha fazendo um novo tratamento, que lhe dera mais energia.
"Minhas fotos talvez sobrevivam cem anos, mas os vitrais dele vão ficar por milhares de anos", disse Salgado na ocasião.
O fotógrafo se consagrou no final dos anos 1980 com uma série de imagens em preto e branco de Serra Pelada, local de mineração de ouro na Amazônia que atraiu dezenas de milhares de trabalhadores que acalentavam o sonho de ficar ricos.
"Sebastião Salgado foi o maior e mais importante fotógrafo brasileiro, além de parceiro habitual da Folha, onde publicou séries históricas de imagens, numa colaboração que nos enche de orgulho. A perda é mundial", diz Sérgio Dávila, diretor de Redação da Folha de S.Paulo.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar