Uma tempestade atingiu a região metropolitana de São Paulo na noite desta sexta-feira (11), causando apagão em diversos bairros e uma morte na zona sul. Às 19h30, toda a cidade entrou em estado de atenção para alagamentos, que terminou as 21h.
Segundo os bombeiros, houve 14 quedas de árvores e dois desabamentos na capital. Na rua Xico Santeiro, no Jardim São Luís, na zona sul, o telhado de uma casa desabou, mas ninguém se feriu.
Durante o temporal, uma árvore caiu em uma feira na rua Professor Nina Stocco, em Campo Limpo, na zona sul, atingindo duas pessoas. Uma vítima teve o óbito constatado pelo médico do Samu no local. A outra foi socorrida ao pronto-socorro da região.
Em Bauru, no interior do estado, outras três pessoas e um cachorro morreram por volta das 18h após serem atingidos por um muro que colapsou com a força do vento e da chuva no bairro Samambaia, de acordo com a Defesa Civil. Também há relatos de quedas de árvores na cidade.
Em Cotia, na região metropolitana, segundo o Corpo de Bombeiros, duas pessoas foram socorridas inconscientes e em estado grave após um desabamento. Uma terceira vítima sofreu escoriações e também foi atendida, mas passa bem.
No centro do município de Oscar Bressani, o portão de uma residência foi atingido por um poste, e no bairro Ângelo Gigoto houve o destelhamento parcial de aproximadamente seis residências. Ainda houve registro de quedas de árvores sobre via, atingindo fiação elétrica, deixando alguns bairros sem energia elétrica. Não houve registro de vítimas, segundo a Defesa Civil.
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Na capital paulista, os ventos mais fortes, de 87,3 km/h, foram registrados às 19h40 na estação meteorológica da Lapa/Vila Leopoldina, na zona oeste, segundo a Defesa Civil estadual.
Fortes rajadas de vento também foram registradas no Aeroporto de Congonhas (78 km/h), no Campo Limpo/Capão Redondo (61,6 km/h), e em Santana/Carandiru (45,36 km/h), este às 17h10. De acordo com a Aena, o aeroporto de Congonhas teve as operações de pousos e decolagens suspensas das 19h53 às 20h12.
Vendaval também deixou rastro de destruição
Relatos de ventania também eram feitos por moradores do centro da cidade e de bairros como Pinheiros (zona oeste) e Vila Mariana e Vila Mascote, na zona sul.
Na Granja Viana, o vendaval arrancou uma grande árvore perto do Alphaville da Granja, que caiu sobre a rede elétrica e atingiu um veículo que transitava pela avenida São Camilo.
Na Freguesia do Ó (zona norte), o vendaval arrancou parte do letreiro do Colégio Inovação —a unidade já estava fechada e não havia alunos no local.
Em Campos Elíseos, na região central, moradores ouviram um estouro antes de as luzes se apagarem totalmente. Moradores relatam ainda que a força do vento arrancou o telhado de um imóvel na rua Vitorino Carmilo.
Em nota, a concessionária Enel disse que parte da sua área concessão foi atingida por chuvas e fortes ventos no início da noite e que a empresa acionou imediatamente o plano de emergência e reforçou suas equipes em campo para reconstruir trechos da rede danificados. As regiões oeste e sul da capital foram as mais atingidas, além dos municípios de Carapicuíba, Taboão da Serra, Cotia, Osasco e Barueri.
Transportes foram afetados pela tempestade
O aeroporto de Congonhas, também na zona sul paulistana, ficou fechado por mais de uma hora, das 19h53 às 20h12. Neste período, seis voos que pousariam no local, foram alternados para outros aeroportos e duas decolagens tiveram de ser canceladas.
Os passageiros prejudicados devem entrar em contato com as companhias aéreas para verificar a situação do seu voo.
No sistema de trens metropolitanos, a linha 9-Esmeralda, da ViaMobilidade, enfrentava problemas em decorrência das chuvas. O intervalo de trens está maior entre as estações Osasco e Socorro. Ônibus da operação Paese foram acionados para atender passageiros entre as estações Socorro e Bruno Covas- Mendes Vila Natal, devido a falta de energia.
Na CPTM (Companhia Paulista de Trens Moteropolitanos), entre 20h e 21h10, a circulação entre as estações Mauá e Rio Grande da Serra, na Linha 10-turquesa, foi feita por via única, devido à queda de uma árvore no trecho entre Ribeirão Pires e Guapituba.
Após retirada da árvore, a circulação foi normalizada no trecho.
Pouco depois das 21h, o Metrô informou que todas as linhas operavam normalmente.
Por volta das 21h30, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) disse que, naquele momento, 0,73% do parque semafórico da cidade estava inoperante em virtude da falta de energia ou falha nos equipamentos por causa da chuva. "Equipes de manutenção já estão em campo para realizar os reparos e a Enel foi acionada", afirmou em nota.
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