A ex-assessora da vereadora Marielle Franco, Fernanda Chaves, prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (12). Ela estava dentro do veículo no dia do atentado e teria sobrevivido aos tiros disparados pelo ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso, por causa de Marielle que acabou morrendo junto com o motorista Anderson Gomes.
Durante seu depoimento, Fernanda descreveu os momentos que precederam o ataque. Ela relatou que a rajada de tiros foi breve e que, ao ser atingida, o corpo de Marielle caiu sobre ela, servindo de escudo. "Não fui atingida porque Marielle foi meu escudo", afirmou Fernanda.
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Ela também detalhou o momento em que Anderson Gomes foi ferido, dizendo que ele manifestou dor e que suas mãos, que estavam no volante, se soltaram. Fernanda confirmou que Marielle defendia pautas relacionadas à habitação em áreas da zona oeste do Rio de Janeiro, controladas por milícias. “Marielle fez essa interlocução com a Defensoria Pública para tratar desse tema”, acrescentou a sobrevivente.
Segundo a Polícia Federal, o assassinato foi encomendado pelos irmãos Brazão, sendo Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e Chiquinho Brazão, deputado federal (sem Partido-RJ). Além deles, o crime teve a participação de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira.
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Todos eles respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa e encontram-se detidos, que tem como a principal base da acusação a delação premiada de Ronnie Lessa. Os réus apresentaram 70 testemunhas de defesa, e os depoimentos destes ocorrerão no final do processo. Durante o julgamento que os transformou em réus, as defesas rejeitaram as acusações de envolvimento no homicídio da vereadora.
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