plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 29°
cotação atual R$


home
PLANO DE SAÚDE

ANS desautoriza suspensão de venda de planos da Golden Cross

Ação da ANS é em função de não ter sido comunicada pela empresa de planos de sáude

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia ANS desautoriza suspensão de venda de planos da Golden Cross camera Golden Cross deve explicar à ANS suspensão da venda de planos de saúde | Divulgação

A operadora Golden Cross anunciou que suspenderá a venda de planos de saúde em todo o país a partir de 18 de junho, mas não comunicou a medida à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o que é mandatório nesses casos, segundo a agência.

Em nota enviada à Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (10), a ANS diz que não recebeu, até o momento, pedido de suspensão de venda de planos pela Golden Cross.

"Assim, a operadora não está autorizada a suspender a comercialização de seus produtos na data anunciada [18/06], devendo todos aqueles que estiverem registrados na reguladora e com o status de "ativos" permanecerem disponíveis para aquisição dos consumidores, até que a sua suspensão seja devidamente autorizada pela ANS", informou a agência.

A ANS informa que enviou na sexta (7) um ofício solicitando esclarecimentos à Golden Cross, após ser informada sobre a veiculação de anúncios sobre a suspensão da venda de novos planos.

Também em nota enviada nesta segunda (10), a Golden Cross informou que a ANS já foi comunicada sobre a interrupção temporária na venda de planos de saúde e que irá cumprir a determinação da agência até a conclusão do processo de suspensão.

De acordo com a operadoras, a medida foi tomada devido à reestruturação do seu portfólio de produtos, "a fim de se adaptarem ao novo programa de compartilhamento de risco com a Amil, para elevar ainda mais a qualidade do atendimento já prestado pela Golden ao consumidor."

Na última quinta (6), a Amil e a Golden Cross divulgaram um comunicado conjunto anunciando que os 240 mil clientes dos planos médicos empresariais da Golden passarão a ser atendidos, a partir do dia 1º de julho, na rede credenciada Amil.

As empresas apontam "ganhos de eficiência pela escala e pela qualidade Amil, que intermediou em 2023 mais de 80 milhões de procedimentos médicos, realizados por 20 mil médicos e serviços de saúde credenciados".

De acordo com o documento, esse modelo está previsto na regulação dos planos de saúde e não altera o vínculo do beneficiário com a Golden Cross. O acordo está fundamentado na resolução normativa Nº 517 da ANS.

Em relação à parceria para utilização da rede da Amil pelos beneficiários da Golden Cross, a ANS afirma que isso é permitido nos termos da lei e dos normativos da saúde suplementar, e não há necessidade de autorização da agência, apenas de comunicação à reguladora nos casos em que houver mudança do tipo de contratualização (rede direta, indireta ou própria) que havia sido registrada.

Como a Golden Cross informou à ANS atuar apenas com rede direta, seja para prestadores hospitalares e não hospitalares, ela precisará fazer essa alteração no seu registro junto à reguladora para utilizar a rede da Amil (rede indireta) o que ainda não foi feito, segundo a ANS.

A agência reforça que não se trata de transferência de carteira e que nada muda no atendimento aos beneficiários. "A Golden Cross continua sendo a responsável pela prestação da assistência aos seus clientes".

A ANS ressalta, ainda, que as operadoras são obrigadas a oferecer aos beneficiários todos os procedimentos previstos no rol de procedimentos e eventos em saúde, de acordo com o contrato e dentro dos prazos definidos pela agência.

A Golden Cross integra uma lista de operadoras que receberam pedido de explicações da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, devido a cancelamentos unilaterais de contratos coletivos feitos nas últimas semanas.

Na notificação às operadoras, no último dia 24, a Senacon deu prazo de dez dias para que elas informassem o número de cancelamentos unilaterais feitos por cada empresa em 2023 e 2024; os motivos para os procedimentos; quantos, entre os beneficiários atingidos, estavam em tratamento e exigem assistência contínua de saúde; quantos, entre os atingidos, eram idosos ou portadores de transtornos globais de desenvolvimento; qual a faixa etária dos clientes que tiveram as apólices canceladas.

Na semana passada, porém, os planos pediram mais tempo para prestarem esses esclarecimentos e ganharam mais dez dias de prazo.

Há duas semanas, o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP-AL), anunciou um acordo verbal com as operadoras em que elas se comprometeram a suspender temporariamente o cancelamento de novos contratos coletivos e a rever aqueles que já tinham sido suspensos, em especial, os de pessoas em tratamentos contínuos, como os autistas, com doenças raras e pacientes oncológicos.

Em troca, as operadoras discutem com Lira novas regras para o setor, entre elas, a criação de uma modalidade de plano de saúde que só dá direito a consultas e exames, além de novas diretrizes para as terapias voltadas ao autismo.

Outra demanda do setor é a criação de uma lei que estabeleça compartilhamento de risco com as farmacêuticas em casos de medicamentos que custam na casa de milhões de reais e que, uma vez incluídos no rol da ANS.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Brasil

    Leia mais notícias de Notícias Brasil. Clique aqui!

    Últimas Notícias