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CASO CARLINHOS

Aluno morto após ser agredido em escola quis defender amigos

Carlos Teixeira teve três paradas cardíacas após ser agredido por outros alunos em escola

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Imagem ilustrativa da notícia Aluno morto após ser agredido em escola quis defender amigos camera Adolescente faleceu 7 dias após ser agredido na escola | Reprodução

Carlos Teixeira, de 13 anos, faleceu no dia 16 de abril, por complicações de traumas causados por agressões em escola, no litoral de São Paulo.

Michele de Lima Teixeira, mãe do adolescente, falou pela primeira vez sobre o caso em entrevista para o Fantástico, da TV Globo, no último domingo (28), e contou que o bulliying começou quando o menino mudou de escola, no início do ano.

Segundo ela, Carlinhos dizia não poder ir ao banheiro enquanto estava no local, a Escola Estadual Júlio Pardo Couto, no município de Praia Grande.

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O menino afirmava que sempre que iam ao banheiro, as crianças apanhavam. Segundo ela, ele também disse que não iria mudar de colégio para proteger as outras crianças.

Negligência

A primeira agressão teria acontecido no dia 19 de março, por conta de um pirulito. O agressor teria puxado o pirulito da boca de Carlos, que retrucou. Então, ele teria levado dois socos e sido puxado pelo pescoço para o banheiro, onde foi gravado o vídeo que viralizou nas redes sociais.

No dia 9 de abril, na segunda maior agressão, dois adolescentes teriam pulado em cima de Carlinhos, o que causou os machucados que levaram à morte de Carlinhos. A direção da escola não teria agido em nenhum dos casos, mesmo com denúncias dos pais

Ele foi levado a três unidades hospitalares, o Pronto Socorro Central de Praia Grande, em que o menino foi atendido e liberado cinco vezes sem exames, a USAFA Santa Marina, em que foi atendido mas não melhorou, e a Santa Casa de Santos, onde foi finalmente internado.

Ele faleceu na Santa Casa, após três paradas cardíacas.

A Prefeitura de Praia Grande informou que abriu processo administrativo para apurar o caso, assim como a Secretaria de Estado de Educação de São Paulo.

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Grupinho do terror

Outros alunos afirmaram já ter sofrido com agressões do mesmo grupo de sete alunos, conhecido como 'grupinho do terror'.

Tanto alunos quanto pais afirmaram ter denunciado o grupo, mas sem nenhuma ação tomada.

A polícia ouviu responsáveis da escola, suspeitos e pais dos suspeitos, e continua apurando o caso.

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