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Prejuízo dos Correios cai 22% em 2023 para R$ 596 milhões

Em 2022, o prejuízo da empresa chegou a ser de bilhões. As vendas fracas teriam sido o principal motivo

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Imagem ilustrativa da notícia Prejuízo dos Correios cai 22% em 2023 para R$ 596 milhões camera Empresa é uma das mais conhecidas do Brasil | Agência Brasil

As novidades no sentido de compra e venda se multiplicaram nos últimos tempos e trouxeram além de facilidades a quebra do monopólio de um serviço estatal de anos. As compras pela internet mudaram a vida de muita gente.

Os Correios registraram em 2023 um prejuízo de R$ 596,6 milhões, o que representa uma redução de 22,2% em relação um ano antes. O resultado, o primeiro da empresa no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decorre de uma retração no campo das despesas e de uma melhora no resultado financeiro.

Apesar de uma redução de 1,8% no faturamento (para R$ 21,6 bilhões) causada por vendas mais fracas no principais segmentos (encomendas e mensagens), a estatal conseguiu reduzir as despesas em 2,5% (para R$ 22,2 bilhões) devido a, entre outros itens, menores provisões para perdas.

Entre os principais motivos para a redução nos gastos, está uma decisão judicial que, segundo a empresa, dispensou pagamento de adicional de periculosidade a empregados dos Correios que trabalham em motocicletas.

Outro grande fator de melhora para a empresa no ano foi a reversão de uma perda de R$ 174 milhões no resultado financeiro em 2022 para um ganho de R$ 44 milhões em 2023.

Nesse campo, a mudança foi resultado de uma perda financeira 43% menor no ano influenciada pela menor variação cambial. A flutuação mais branda reduz custos com derivativos contratados pelos Correios para proteger os valores internacionais a receber.

A empresa, que também investiu R$ 755,5 milhões em 2023, afirma em seu balanço que possui capacidade de gerar fluxo de caixa suficiente para honrar compromissos e dar continuidade aos negócios de forma perene.

O balanço no primeiro exercício de Lula 3 é publicado quase um ano após a empresa ter sido retirada pelo presidente do programa federal de desestatização -revertendo iniciativa tomada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

A medida era esperada. Após sua eleição, Lula já havia afirmado em discurso que as privatizações iriam acabar no país. O anúncio provocou reação no mercado financeiro na ocasião.

"Vão acabar as privatizações neste país. Já privatizaram quase tudo, mas vai acabar e vamos provar que algumas empresas públicas vão poder mostrar a sua rentabilidade", completou Lula.

Os Correios já estavam em um processo avançado, sob análise no TCU (Tribunal de Contas da União).

O processo, o principal da gestão de Fábio Faria nas Comunicações de Bolsonaro, foi aprovado pela Câmara dos Deputados em agosto de 2021 por 286 votos a favor e 173 contrários. Mas, desde então, ficou parado no Senado.

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