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IMPACTO ENCONÔMICO

Movimento de auditores agropecuários atrasa cargas no Brasil

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, demonstrou preocupação com a manifestação de auditores e técnicos agropecuários.

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Imagem ilustrativa da notícia Movimento de auditores agropecuários atrasa cargas no Brasil camera O ministro, porém, entende que o movimento é legítimo | Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Greves e paralisações, seja em qualquer setor da economia, podem acarretar em prejuízos sem precedente a qualquer produtor em todo o país, e mesmo que as atividades não parem, a preocupação existe.

Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, manifestou preocupação em relação à mobilização dos auditores e técnicos agropecuários, destacando os potenciais impactos nos processos de exportação. Em declarações feitas nesta quinta-feira (15), Fávaro reconheceu a legitimidade do movimento, mas ressaltou a preocupação com possíveis atrasos nas exportações ao chamado movimento "operação-padrão".

“[A movimentação] preocupa. Ontem, eu estive reunido com os sindicatos. Os 2 sindicatos. […] Eu disse a eles, e aqui quero falar com muita tranquilidade: o movimento é legítimo. Agora, eles não podem perder esse sentimento de que é legítimo. Na medida que eles possam começar a gerar atraso de exportação, demissão, paralisação, eles perdem legitimidade”, disse Fávaro em entrevista a jornalistas.

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O ministro abordou o tema após sair de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Desde 22 de janeiro, os auditores e técnicos agropecuários estão realizando uma "operação-padrão", aumentando os procedimentos burocráticos de fiscalização. Essa medida tem causado atrasos e redução da eficiência dos serviços, resultando em longas filas de caminhões aguardando liberação, como observado em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira com o Paraguai, onde quase 2.000 caminhões esperam para serem liberados.

Essa é a maior fila de veículos formada até agora devido ao movimento, afetando o transporte de cargas como rações, trigo, milho, arroz, carne suína, bovina e de frango, entre outros. A mobilização visa pressionar o governo por uma reestruturação nas carreiras e tem impactado o fluxo de exportações e importações na região Sul do Brasil.

Fávaro indicou que está atuando para auxiliar o grupo e sinalizou sua participação em uma nova rodada de negociações entre os representantes sindicais e o Ministério da Gestão e Inovação, marcada para 29 de fevereiro.

"Na próxima quinta-feira, teremos outra rodada de negociações e acredito que possa ser decisiva para resolver essa questão", afirmou o ministro, destacando a abertura do governo ao diálogo e reconhecendo a necessidade de reajustes nas remunerações, após seis anos sem aumento.

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IMPACTOS JÁ SÃO SENTIDOS EM PORTO DO PARÁ

Um dos maiores portos de exportações do Brasil está localizado na Vila do Conde, município de Barcarena, no Pará. A "operação-padrão" já afeta as atividades conforme conta Jacaúna de Andrade Lopes, auditor do Ministério da Agricultura do Porto de Vila do Conde.

"A operação conta com controles mais rigorosos, de fato deixa as movimentações das cargas mais lenta. Embora, não estejamos em greve. Inclusive, cargas vivas , como é o caso do boi vivo exportado pelo porto de Vila do Conde, assim como cargas perecíveis, não estão sendo atingidas pelo movimento."

O auditor explicou que mesmo com as atividades mais lentas, todos os prazos e procedimentos legais permanecem os mesmos.

"Com uma fiscalização mais rígida, sobretudo, nas importações, os controles tornam-se, inclusive, mais eficientes. Pois há, permanentemente, o risco de ingresso de pragas ausentes ou quarentenárias em território nacional. Que podem afetar sobremaneira, o principal pilar da economia brasileira".

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