O preço da carne deve registrar uma queda de mais de 10% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até o final do ano. Embora essa redução anual seja incomum para o índice, ela ainda não compensa o aumento significativo dos preços dos cortes bovinos nos últimos anos, devido à inflação. Até setembro deste ano, houve uma queda acumulada de 11,06% no IPCA em relação aos últimos 12 meses.
Conforme a previsão do banco Santander, a deflação na carne pode chegar a 11,35% até dezembro, representando a maior queda acumulada desde o início do Plano Real em 1994. A oferta crescente no mercado brasileiro foi o principal fator para essa redução, com um ciclo pecuário positivo que resultou em uma grande oferta de carne e, consequentemente, na queda dos preços do boi gordo no atacado e no varejo. Segundo dados do IBGE, o abate de bovinos aumentou 12,6% até agora.
Apesar da redução nos preços, a carne ainda permanece cara em comparação aos anos anteriores. Em 2019, os preços das carnes aumentaram em 32,4% no IPCA, devido ao aumento das exportações. Com a pandemia, os custos de produção subiram, levando a aumentos na inflação do produto, que foram de 17,97% em 2020 e 8,45% em 2021. No entanto, em 2022, esse aumento caiu para 1,84%.
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Mesmo com a deflação de 11,35% esperada para o ano, os preços das carnes ainda devem registrar um aumento de 54% desde 2019 até o final de 2023. A chegada das festas de fim de ano pode resultar em um aumento temporário nos preços devido à alta demanda sazonal. Apesar disso, a redução nos preços ao longo do ano será significativa.
De acordo com o Procon-SP, o preço médio do quilo da carne de segunda sem osso em agosto deste ano foi de R$ 29,63 no estado de São Paulo. Em 2022, o preço médio do quilo do mesmo tipo de carne era R$ 33,76. No entanto, ao comparar com os valores pré-pandemia, é evidente a diferença: em agosto de 2019, o quilo da carne de primeira custava R$ 23,61, enquanto a carne de segunda era vendida a R$ 18,25.
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