Pará é um dos estados com a melhor saúde fiscal do Brasil

O Pará está entre os estados que mais cumprem com suas obrigações fiscais na União, conforme mostram os dados do Tesouro Nacional divulgados na semana passada. Com isso o governador reeleito Helder Barbalho, que assumirá o segundo mandato no dia 1º de janeiro de 2023, encontrará um estado com menos de 10% da renda comprometida.

Em 2018 este índice chegava a 20% de comprometimento da receita. A dívida atual do Pará é inferior a R$ 1 bilhão, segundo números de 2022. O nível de endividamento de um estado é calculado levando em consideração a receita corrente líquida, uma vez que essas dívidas são contraídas junto a instituições financeiras com garantia do Tesouro Nacional.

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É um cálculo que qualquer cidadão pode fazer em relação ao próprio nível de endividamento. Uma pessoa que tem uma renda de R$ 1 mil e paga R$ 300 por mês de dívidas, comprometendo 30% de seus recursos, está mais endividada do que outra que ganhe R$ 2 mil e pague R$ 500 mensais, já que compromete apenas 25%. No caso dos Estados, a comparação foi feita com base em dados dos balanços finais de 2018 e de 2021.

Nesse período, São Paulo figurou como o estado mais endividado, apesar de ser também a unidade da federação com a maior arrecadação. São R$ 250 bilhões de dívidas, que acabam compromentendo cerca de 126% de sua receita. Em comparação com 2018, conseguiu uma redução da dívida de R$ 30 bilhões.

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A exemplo de São Paulo, os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul também possuem dívidas superiores a 100% da receita. Já o Espírito Santo é aquele que apresenta a melhor situação fiscal do país, fazendo jus à nota A do Tesouro Nacional.

Região mais rica, o Sudeste também tem a maior dívida somada, atingindo meio trilhão de reais. O Norte e o Centro-Oeste possuem os estados com as menores dívidas e reduções, incluindo entre eles o Pará.

O Amazonas e o Rio Grande do Norte, no Nordeste, são os estados que mantiveram a média de suas dívidas nos últimos quatro anos. O Maranhão, por seu turno, foi aquele que teve a menor redução em relação a 2018, ao em torno de R$ 7 bilhões. Na sequência aparecem Mato Grosso, Goiás e Santa Catarina, que obteve uma redução de 5 bilhões da sua dívida.

Segundo os números do Tesouro Nacional, somente em 2021 o governo federal pagou R$ 8,9 bilhões em dívidas de estados e municípios, com destaque para três estados que sozinhos foram benefeciados por quase todo esse montante: Rio de Janeiro, com R$ 4 bilhões, Minas Gerais, R$ 3 bilhões, e Goiás, R$ 1,3 bilhões.