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ASSASSINATO

Bolsonarista acusado de matar petista pode ir a júri popular

Ministério Público do Paraná pediu para que Jorge Guaranho, policial penal e apoiador de Jair Bolsonaro (PL), seja julgado por júri popular no caso da morte de Marcelo Arruda, guarda municipal que foi baleado durante festa de aniversário com temática petista.

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Imagem ilustrativa da notícia Bolsonarista acusado de matar petista pode ir a júri popular camera Marcelo Arruda foi baleado por Jorge Guaranho na própria festa de aniversário, em julho deste ano | Reprodução/Redes Sociais

Meses após a revoltante discussão por conta de política, que resultou na morte de um apoiador do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na própria festa de aniversário, Jorge Guaranho, policial penal bolsonarista, poderá ser levado a júri popular.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) fez a apresentação das alegações finais sobre o caso da morte do guarda municipal petista Marcelo Arruda durante a festa de aniversário do mesmo em Foz do Iguaçu, no Paraná, e pediu que o acusado do assassinato seja submetido a júri popular.

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O crime, ocorrido em 9 de julho deste ano, ganhou notoriedade nacional por conta da violência ocorrida em meio a uma comemoração festiva com dezenas de convidados.

Arruda comemorava o aniversário de 50 anos, em uma festa temática do Partido dos Trabalhadores (PT). Guaranho foi uma primeira vez ao local, “provocar” o aniversariante. Depois voltou armado e atirou no petista, que conseguiu revidar e também baleou Guaranho. Arruda morreu minutos depois e Guaranho foi socorrido.

PEDIDO

Os promotores Luis Marcelo Mafra Bernardes da Silva e Tiago Lisboa Mendonça, que assinam o pedido de julgamento, ainda reforçam que a motivação de discussão sobre política foi reconhecida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) como caracterizadora da futilidade do homicídio.

Nas alegações finais enviadas ao juiz da 3ª Vara Criminal da Comarca de Foz do Iguaçu, que lidera o julgamento do caso, os promotores relembram as circunstâncias do crime, afirmam que a autoria está comprovada através de vídeos e informações de testemunhas.

Além disso, reforçam as qualificadoras de motivo fútil – pela discussão sobre política – e perigo comum – já que no local haviam diversos familiares da vítima, inclusive um bebê, que poderia ter sido atingido no momento dos disparos.

Além do pedido pelo julgamento no Tribunal do Júri, o MPPR também defendeu a manutenção da prisão do réu, citando as qualificadoras e a justificativa de garantia da ordem pública, levando em consideração a proximidade com as eleições.

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