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INVESTIGAÇÃO

O que se sabe da morte de corretora achada com filha no colo

De acordo com a polícia de São Paulo, Fernando Fernandes dos Santos, 35, está no alvo das investigações. Ele estava na casa de Ana Carolina na noite do crime. No momento, ele ainda não foi localizado pelos agentes.

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Imagem ilustrativa da notícia O que se sabe da morte de corretora achada com filha no colo camera Ana Carolina da Silva Santos Fernandes, 27, foi encontrada morta dentro da própria casa com a bebê de dois anos no colo. | Arquivo pessoal

A corretora de seguros Ana Carolina da Silva Santos Fernandes, 27, foi encontrada morta na madrugada desta segunda-feira (17) dentro da própria casa com a bebê de dois anos no colo. O corpo dela foi localizado pela mãe, que recebeu uma ligação da sogra da filha informando que os dois haviam brigado.

De acordo com a polícia, Fernando Fernandes dos Santos, 35, está no alvo das investigações. Ele estava na casa de Ana Carolina na noite do crime. No momento, ele ainda não foi localizado pelos agentes.

"Eles passaram a noite juntos e, quando foi por volta das 4h, a mãe dele ligou para a mãe dela por pedido dele, por causa da neném. Ela falou que tinha dado um problema, que eles tinham brigado. Quando a mãe dela chegou em casa, o corpo dela estava com sangue, todo roxo, asfixiada", disse uma familiar à reportagem, que não quis se identificar. Ao chegar no local, a mãe de Ana Carolina encontrou a neta no colo da vítima. "Como se tivesse mamado no peito e dormido", disse a familiar.

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Ana Carolina e Fernando eram pais da bebê de dois anos. Os dois também tinham filhos de outros relacionamentos. Além da bebê, a mulher deixa um filho de 3 anos e uma menina de 11.Ana Carolina e Fernando se casaram em 2020. Segundo a familiar, o relacionamento dos dois era conturbado e marcado por violências. Casos de agressão tinham sido relatados para a família de Ana Carolina, que era contra o casamento.

"Todo mundo foi contra o casamento porque ele já não era boa pessoa. Morando com ela, ele chegou a agredi-la algumas vezes", disse a familiar. " Eles terminavam e voltavam. A mãe dela falava para largar, mas ela nunca largava. Ela estava meio que aceitando ele de volta. Não se sabe também se ela enfrentava alguma ameaça para isso ou se sofria algum tipo de pressão." Em abril, segundo uma familiar ouvida pela reportagem, a mãe de Ana Carolina entrou com um pedido de medida protetiva para a filha em desfavor do marido dela. A corretora de seguros, que estava na mesma empresa há anos, foi descrita como muito "trabalhadora" e uma "mãezona".

"Ela era muito trabalhadora, muito 'mãezona'. Queria dar tudo para os filhos, levava para passear, para o parque, era uma relação muito carinhosa. Nunca entrava em briga, era muito meiga, muito carinhosa, muito quietinha, respeitadora", disse familiar. Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), o caso é investigado como feminicídio pelo 103º Distrito Policial.

Foram solicitados exames ao IC (Instituto de Criminalística) e ao IML (Instituto Médico Legal) para auxiliar nas investigações. A Polícia ainda informou que está realizando diligências para encontrar o suspeito.

O advogado de Fernando, Osmar Justino dos Reis, nega que o marido de Ana Carolina tenha fugido. Segundo ele, Fernando ainda não se apresentou por medo da reação de conhecidos por causa do crime.

"Na realidade, não é que ele quis se evadir, não é que ele está foragido. Por força maior ele foi obrigado a se ausentar. [...] O que a gente quer é que tudo ocorra dentro do livre processo legal e dentro das quatro linhas da Constituição. Não queremos fazer pré-julgamentos nem tomar decisões precipitadas", afirmou.

A reportagem questionou se há previsão de quando Fernando deve se apresentar, mas ainda não obteve retorno. O espaço será atualizado assim que a defesa se manifestar.

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