Motorista de aplicativo acusa criança de furto

Uma confusão entre um motorista da Uber e uma criança foi parar na delegacia, após acusações, ataques e ameaças. O caso tem repercutido na internet.

Mulher reclama de corrida de R$ 150 em aplicativo

Uma criança de 7 anos foi acusada de furto por um motorista da plataforma de aplicativo de transporte Uber durante uma corrida. Segundo o condutor, o menino teria pego sua carteira durante a prestação do serviço.

A mãe da criança, que é deficiente visual - em apenas 20% da visão nega que o menino tenha levado o pertence e registrou um Boletim de Ocorrência sobre o caso.

A mãe, de 38 anos, que é moradora de Ceilândia, no distrito Federal, conta que passou a não dormir bem e a ter crises de ansiedade desde que começou a ser ameaçada pelo motorista.

Tudo começou após a mulher pedir o serviço. Ela saiu de casa para ir ao dentista e, no caminho, passou na loja onde a irmã trabalha em um shopping, para deixar a criança.

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Segundo ela, ao deixar o filho, “estava segurando uma bolsa e um brinquedo nas mãos, ele também um brinquedo grande e um pequeno, tenho as filmagens da loja, que mostram ele com o brinquedo na mão”.

No dia seguinte a corrida, ela foi surpreendida com o motorista na frente da sua casa, dizendo que ela havia pago a corrida com o dinheiro dele. Segundo ela, o homem ficou fazendo acusações. Ela filmou tudo e entregou as imagens à polícia, ao temer pela segurança dela e da criança.

De acordo com a mãe, o motorista “dizia que isso era coisa de criança, que criança é irracional mesmo”. O filho presenciou toda a cena e dizia: “Mãe, eu não fiz isso, eu jamais pegaria nada’, mas ainda assim o homem insistia”.

Por ter apenas 20% da visão, isso impede que a mulher dirija, por isso, ela conta que sempre recorre a corridas por aplicativo com frequência. Depois do ocorrido, ela conta que ficou com medo.

Ao reportar o caso à Uber, a usuária relatou que recebeu apenas um e-mail afirmando que a conduta do motorista não estava de acordo com as políticas da empresa. A mãe lamentou e disse que “esperava um posicionamento mas forte da Uber, que me ligassem, que dessem alguma satisfação”.

A reportagem do portal Metrópoles conta que procurou a empresa para comentar o caso, mas não obteve resposta até a última atualização e que o espaço segue aberto para o posicionamento.

O caso é investigado pela 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia). Os agentes orientaram a mulher a chamar a polícia imediatamente, caso veja o motorista de Uber nas imediações da sua casa.