A pandemia está dilacerando as relações de trabalho, que já estavam se deteriorando desde a última reforma trabalhista no Brasil. A história de um idoso de 67 anos, contada pela reportagem da Band, mostra a grave situação de quem deu uma vida de trabalho ao país e que agora sequer tem onde dormir.
Jurandir Dias Vieira nunca imaginou que passaria pelo que vive hoje. Taxista há mais de 17 anos, atualmente ele, que já deveria estar aposentado, é obrigado a trabalhar para sobreviver minimamente. “Fui casado 30 anos, hoje sou separado, divorciado, e moro sozinho. Sabe onde eu moro? Não tenho vergonha de dizer. Dentro desse carro, é o meu dormitório”, contou.
“Eu nunca passei por isso. Fui despejado, aluguel não consigo pagar. Todo lugar quer cobrar uma coisa absurda. Não consigo pagar um lugar para dormir, descansar”, afirmou. Para comer, seu Jurandir vai até o Bom Prato de Santo Amaro. Ele entra na fila duas vezes, uma vez para pegar a marmita do almoço e outra para pegar uma marmita que vai servir de jantar.
Logo no começo da pandemia, o taxista não conseguiu pagar mais o aluguel da casa em que vivia. O táxi não é dele e ele precisa, ainda, pagar uma diária de R$ 70. “Tá difícil demais”, lamentou. Para tomar banho e escovar os dentes, ele conta com a ajuda de comerciais que acabam cedendo o banheiro.
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