Novos vídeos da violência dentro do Carrefour do bairro Passo D’Areia, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, indicam que o soldador João Alberto Silveira Freitas, negro, de 40 anos, foi morto por seguranças do estabelecimento, já conhecia os agressores. As informações são do Extra.
Em uma das imagens, onde João Alberto aparece ofegante e gemendo no chão, um terceiro funcionário do supermercado se abaixa e diz: “A gente te avisou da outra vez”.
Ao menos em um dos depoimentos há relato de que vítima e assassinos já se conheciam, segundo revelação feita pela agente de fiscalização do Carrefour Adriana Alves Dutra. À polícia, ela afirmou que ouviu de uma funcionária da loja que já havia presenciado “atrito com fiscais” e João Alberto.
João Alberto, mesmo quanto já não mais se mexia, foi mantido imobilizado por mais um minuto e meio, enquanto sua companheira, Milena Borges Alves, pedia que os seguranças Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva, que também é policial militar, o soltassem para que ele pudesse respirar.
João Alberto morreu por asfixia. O advogado do PM classificou o caso como “um acidente”.
As novas imagens, gravadas por uma cliente do mercado, já estão sendo analisadas em sigilo pela Polícia Civil e ainda não foram divulgados.
Após o crime, manifestantes protestaram por todo o país. Com faixas nas mãos, os ativistas pediam justiça, com os dizeres “vidas negras importam” e “parem de nos matar”.
O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, afirmou em rede social que a morte de João Alberto foi um “ato horrível” e que as as imagens são “insuportáveis”. Ele disse que pediu “uma revisão completa das ações de formação de colaboradores e terceirizados em questões de segurança, respeito à diversidade e valores de respeito e repúdio à intolerância”.
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