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Helicóptero da Força Nacional cai durante combate a incêndio no Pantanal

Mato Grosso teve a maior área queimada, mas, nos últimos dias, a região sul do Pantanal tem concentrado a maior parte do fogo

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Imagem ilustrativa da notícia Helicóptero da Força Nacional cai durante combate a incêndio no Pantanal camera O acidente aconteceu na região de Porto Jofre, no município de Poconé (MT) | Divulgação/Ciopaer

Um helicóptero da Força Nacional de Segurança caiu na região do Porto Jofre, no município de Poconé, no Mato Grosso. O equipamento faz parte da Operação Pantanal II, que age no combate às queimadas. Nele estavam três tripulantes. Todos sobreviveram.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, estavam a bordo o comandante Renato de Oliveira Souza, da Polícia Civil do Distrito Federal; o copiloto Luiz Fernando Berberick, da Polícia Civil do Rio de Janeiro; e o segundo sargento Emerson Miranda Martins, da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Os três foram resgatados com vida pela UTI aérea da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (CIOPAER), da Marinha, e encaminhados para Cuiabá para receber atendimentos. Uma das vítimas teve fratura exposta na perna.

Helicóptero da Força Nacional cai durante combate a incêndio no Pantanal
📷 |Divulgação/Ciopaer

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Queimadas no Pantanal

Porto Jofre fica no final da estrada Transpantaneira, que corta o Pantanal de Mato Grosso. Ali, corre o rio Cuiabá, que fica na divisa com Mato Grosso do Sul. A região é conhecida como polo turístico, já que é o canal de acesso ao Parque Estadual do Encontro das Águas, conhecido por abrigar a maior concentração de onças pintadas do mundo.

Essa é também uma das regiões mais atingidas pelas queimadas no Pantanal, que neste ano já destruíram 3.977.000 hectares do bioma em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, conforme foi reportado nesta semana pela Folha de S. Paulo. Ou seja, são quase 40 mil km² de fauna e flora devastadas, uma área um pouco menor comparado ao estado do Rio de Janeiro.

No parque, segundo dados do Instituto Centro de Vida ( ICV) colhidos entre janeiro e o fim de setembro, foram contabilizados mais de 470 focos de calor. Foram atingidos 100,5 mil hectares, o equivalente a 93% da área total. Para fim de comparação, em 2019 não houve nenhum foco de calor no parque.

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Mato Grosso teve a maior área queimada, mas, nos últimos dias, a região sul do Pantanal tem concentrado a maior parte do fogo.

O bioma também enfrenta uma de suas piores secas em décadas, o que impulsiona o alcance do fogo. Lagoas e corixos (pequenos focos de água que se formam em baixo de pontes) secaram. Além do fogo devastando a área, os animais têm enfrentado a sede e a fome na região.

No último dia 25, o UOL mostrou que a Polícia Federal já tem indícios suficientes para denunciar ao menos quatro fazendeiros pelas queimadas na Serra do Amolar (MS), região do Pantanal que tem sido mais afetada pelo fogo nos últimos dias. Como na Amazônia, o fogo é utilizado por fazendeiros no Pantanal para limpeza de pasto e as vezes para o desmate.

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