Braz abre jogo sobre SAF e quanto é a folha salarial do Remo

Belém por si só já é uma cidade bastante agitada, mas a semana que antecede o Círio de Nossa Senhora de Nazaré faz com que a capital paraense se torne ainda mais intensa. E em meio aos festejos da semana nazarena, o futebol sempre acaba sendo um dos assuntos mais debatidos e comentados nas ruas da terra das Mangueiras.

Ainda em fase de preparação para mais um desafio na Série B do Campeonato Brasileiro, o Clube do Remo irá entrar em campo na quinta-feira (9), no Estádio Baenão, pela 31ª rodada da competição. O foco é a terceira vitória seguida sob o comando técnico de Guto Ferreira, no qual reavivou a expectativa de acesso à Série A.

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E por falar em acesso, ao ser entrevistado pelo jornalista Giuseppe Tomaso, da Rádio Clube do Pará, através do canal Tomazão TV, no Youtube, o executivo de futebol Marcos Braz, destacou o novo momento da equipe na competição: "o Remo tem hoje dois grandes objetivos. O principal objetivo esportivo é subir para a Série A, e o administrativo é estruturar o Remo", destacou.

Ainda com relação a estruturação, Braz destacou: "A torcida precisa entender isso. A estruturação passa por parte física, financeira, administrativa, e isso está em curso, e a torcida pode acreditar isso. Eu sei, que o que vale é bola na rede e o resultado, mas quero que entendam, que temos esses dois objetivos claro. E a gente conseguindo o acesso, já acelera o outro objetivo", afirmou.

Ao ser indagado se o Remo terá estrutura para jogar uma Série A, o executivo azulino destacou: "O Remo tem o principal para se segurar em uma Série A, caso suba, que é a torcida, que poucos clubes tem. Talvez, com outro clube, se não tivesse mais tempo, aí sim haveria ainda mais dificuldade. Mas com a torcida, e avançando alguns pontos, poderemos estruturar bem mais rápido", disse.

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CLUBE DO REMO IRÁ ADERIR AO PROJETO SAF?

Um dos assuntos mais debatidos no futebol brasileiro é a SOCIEDADE ANÔNIMA DO FUTEBOL, ou simplesmente, SAF. Diversos clubes tem adotado esse modo de administração, no qual alguns estão dando certo, mas outros nem tanto. Durante a entrevista, Giuseppe Tomaso - de forma direta e reta - pergunta para Marcos Braz se ele é a favor do Remo aderir a projeto SAF.

"Eu não vim aqui - e fazem essa covardia a essa ilação - e não estou aqui para começar nenhum processo de SAF. A possibilidade é zero! Isso é uma decisão da diretoria, dos conselheiros, das pessoas que estão aqui e principalmente da torcida. Eu vim aqui para melhorar e contribuir com os processos para que a gente se torne mais profissional na parte esportiva e administrativa. E não para começar nenhum tipo de processo. Repito: quem tem que decidir sobre SAF é a diretoria, os conselheiros, é a torcida, eu não tenho nada a ver com isso", explicou.

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MUDANÇAS NO COMANDO TÉCNICO

Assim que Marcos Braz chega ao Clube do Remo, algumas horas depois o técnico Daniel Paulista, que até então estava no cargo, aceita proposta do Sport-PE e optou em trocar de Leão. Na sequência, o executivo contrata António Oliveira, que não consegue dar sequência no bom rendimento e faz com que o time caia de produção. E com relação a demora na troca de comando, para a chegada de Guto Ferreira, Braz explica:

"Os meus posicionamentos em algumas situações, deixam algum tipo de desconforto em algumas pessoas que não tem peito ou coragem para tomar certas decisões, ou tomar a frente para estas decisões. E a minha vida inteira, sempre fui um homem de decisão. E eu não enxergo, aqui no Remo, com o tamanho dessa instituição, você pode ter tudo aqui, menos ser frouxo. O meu compromisso é com o Remo, com a instituição e os resultados do Remo. Até onde eu entendia que era possível estar com aquela comissão técnica, eu fui. O meu compromisso é com o Remo, se isso é certo ou errado, a gente analisa depois. Mas todos os interesses sempre foram pensando no Remo", disse.

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FOLHA SALARIAL DO CLUBE DO REMO

Neste ano de 2025, o Clube do Remo tem realizado o maior investimento de sua história dentro do departamento de futebol e a contratação de renomados atletas para o elenco, desde o início da temporada, no qual evidencia ainda mais o grande projeto do departamento de futebol que é o tão sonhado e almejado acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.

"Existem decisões que não são minhas, mas que a diretoria e a torcida é quem irá tomar a decisão. Parte financeira foi boa para o Remo? A gente já colocou R$ 2,3 milhões aqui, coisa que historicamente antes não se via. Os jogadores que vieram; como é que ta pagando? Existe uma covardia que aí fazem com o Remo em todo um contexto que é passado dessa forma. O Remo está longe desses R$ 4 ou R$ 4,5 milhões por mês. O cara que fala isso é irresponsável, não sabe do que está falando, e se for jornalista, está com a informação errada. Esses aí tem fonte seletiva e são seletivos na fonte. Há um ponto que a torcida do Remo tem que entender é: temos dois jogadores do Fluminense, um (Kayky) o Fluminense paga junto com a gente, com o Remo pagando 50%. O Botafogo tem dois jogadores aqui: um o Botafogo paga 100% e o outro o Remo paga a imagem. Do Santos, também é a mesma coisa. Então, se eu tenho uma boa relação no futebol brasileiro, e se o Remo está tirando proveito desta situação, não se pode fazer a soma, pra jogar na folha. Então assim, a folha do Remo não é uma folha pequena, ela é de meio da tabela, um pouco mais na frente ali, mas tem muita folha próxima a nossa, que é aqui pertinho", concluiu.

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