Apático no início, Paysandu diminui, mas perde para o Avaí

Se fosse possível medir a paciência de uma torcida em decibéis, a Curuzu estaria prestes a explodir. Entre vaias, faixas de protesto e inúmeros xingamentos, a pequena presença da torcida bicolor deixou claro: a paciência com o Paysandu atingiu o limite. Jogando contra o Avaí pela 34ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o time de Márcio Fernandes até começou pressionando, mas bastaram poucos minutos para que o ânimo se esvaísse, permitindo que o Leão catarinense explorasse o desinteresse dos donos da casa. A reação bicolor no segundo tempo trouxe algum alívio à Fiel, mas não foi suficiente para evitar mais um revés na competição.

A equipe alviceleste, lanterna da Série B, ainda mantém remotas esperanças de escapar do rebaixamento à Série C, mas para isso precisaria vencer os cinco últimos jogos da competição e torcer por tropeços dos adversários diretos na luta contra a degola. Por isso, a expectativa da torcida era de que o Papão ao menos demonstrasse raça em campo, na noite deste sábado (25). No entanto, foi justamente o contrário que se viu na etapa inicial.

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CHANCES MATEMÁTICAS

O Paysandu ainda não está matematicamente rebaixado, pois, com 27 pontos conquistados e quatro jogos restantes na Série B 2025, ainda teria a possibilidade de ultrapassar o Athletic Club, primeiro time fora da zona de rebaixamento, que soma 37 pontos. Em outras palavras, se vencer todas as quatro partidas restantes e o time mineiro não somar mais do que um ponto nos confrontos finais, o Papão ainda poderia escapar da degola.

Na próxima rodada, o Bicola enfrenta o Atlético-GO na sexta-feira (31), às 19h, no Antônio Accioly, em Goiânia. O Avaí, por sua vez, recebe justamente o Athletic, sábado (01º/11), às 18h30, na Ressacada.

PRIMEIRO TEMPO APÁTICO

O Papão até começou a partida tentando dominar as ações. Com menos de 30 segundos, Marcelinho arriscou um chute que foi facilmente defendido pelo goleiro César, e, aos dois minutos, Wendel recebeu livre na área, mas desperdiçou uma chance clara de abrir o placar. Nos primeiros cinco minutos, parecia que o time poderia se impor, mas a energia inicial não durou.

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Aos 17 minutos, o Avaí mostrou que não precisava de esforço exagerado. João Vitor cruzou da intermediária e Jonathan Costa subiu mais que a zaga para cabecear com precisão: 1 a 0. O desânimo do Paysandu ficou evidente aos 21 minutos, quando Marcelinho tentou um chute, mas acabou acertando o próprio companheiro, André Lima, facilitando a recuperação da bola pelo adversário.

A torcida, que já demonstrava descontentamento, viu o segundo gol aos 25 minutos. Marcos Vinícius fez um cruzamento perfeito para Thayllon, que, com um giro de canhota, marcou um golaço e ampliou a vantagem do Avaí. A apatia do Papão se manteve até o final do primeiro tempo, com troca de passes sem objetividade e protestos contra a diretoria.

O árbitro encerrou o primeiro tempo com apenas dois minutos de acréscimos, e o placar refletia a desorganização do time da casa: Paysandu 0 x 2 Avaí.

SEGUNDO TEMPO DE REAÇÃO

No segundo tempo, o Paysandu voltou com três alterações: Denner, Anderson Leite e Pedro Henrique substituíram Ronaldo Henrique, André Lima e Denner. O time mostrou mais iniciativa e sufocou o Avaí, criando chances perigosas logo nos primeiros minutos. Apesar do esforço, o Avaí respondeu com perigo: Emerson Ramon e Cléber quase ampliaram o placar para os visitantes.

O Papão conseguiu diminuir aos 31 minutos, quando Marlon converteu um pênalti cobrado após Petterson sofrer falta de Marcos Vinícius: Marlon foi para a cobrança e acertou o canto esquerdo do goleiro César, diminuindo para o Paysandu. Antes disso, outro gol do Paysandu foi anulado após revisão do VAR, em lance envolvendo Cléber: O árbitro foi chamado à cabine do VAR para analisar uma possível falta em Cléber no início da jogada. E, após cinco minutos, o árbitro anulou o gol bicolor.

Nos minutos finais, o time bicolor se lançou ao ataque em busca do empate, pressionando o Avaí, mas sem sucesso. O árbitro ainda concedeu sete minutos de acréscimo, tempo em que o Papão tentou de todas as formas, mas esbarrou na defesa do goleiro César e na própria falta de qualidade.