Paysandu perde de novo e carimba ainda mais queda para Série C

“Nada é tão ruim que não possa piorar”. O ditado popular resume, de novo, a noite amarga do Paysandu na Curuzu. Diante do Novorizontino, nesta terça-feira (23), pela 28ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o time bicolor sofreu mais uma derrota e afundou ainda mais na lanterna da competição.

O resultado amplia a crise: já são 11 rodadas sem vitória, mais de dois meses sem conquistar três pontos. A partida, tratada como decisiva para uma possível saída da zona de rebaixamento (Z4), teve efeito contrário e deixou o clube em situação ainda mais delicada.

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Com o novo tropeço, a distância para as equipes fora do Z4 devem aumenta e as chances de reação ficam cada vez mais restritas. Para escapar do rebaixamento, o Paysandu precisa não apenas voltar a vencer de imediato, mas também contar com uma combinação de resultados favoráveis dos concorrentes diretos.

Primeiro tempo

O jogo começou com o Paysandu tentando tomar a iniciativa em chute de fora da área de Leandro Vilela, que saiu sem direção. Logo depois, o drama aos 4 minutos, o capitão bicolor se lesionou em uma disputa e deixou o campo de maca, forçando uma substituição precoce.

A partir daí, o Novorizontino assumiu o controle. A melhor oportunidade veio quando Rômulo driblou o goleiro, mas Thiago Heleno salvou em cima da linha. Na sequência, Gustavo Nicola, que havia entrado no lugar de Vilela, recebeu cartão amarelo e cometeu falta perigosa, desperdiçada pelo adversário.

O Tigre seguiu mais perigoso, exigindo boas defesas de Matheus Nogueira. O Paysandu tentou reagir em jogada de Bryan, que invadiu a área, mas parou no goleiro Airton. O duelo ficou mais ríspido, com cartões distribuídos para os dois lados. Aos 40 minutos, Frizzo caiu na área após chegada firme da zaga bicolor e pediu pênalti, mas o árbitro Luciano da Silva Miranda Filho mandou seguir. Nos acréscimos, Oyama arriscou de fora da área e levou perigo, mas a bola saiu rente à trave.

Na saída para o intervalo, a torcida bicolor protestou contra o desempenho, chamando os jogadores de “timinho” e “time sem vergonha”.

Segundo tempo

Na volta do intervalo, o Paysandu tentou mudar a postura ofensiva com duas alterações: Rossi entrou no lugar de Novillo e Denner substituiu Dudu Vieira. Logo no início, Denner arriscou de fora da área, mas a bola subiu demais.

A pressão bicolor continuou. Aos 11 minutos, a defesa do Novorizontino errou na saída de bola e Diogo Oliveira quase aproveitou, mas César Martins apareceu com um carrinho providencial e mandou para escanteio. Na sequência, Edílson arriscou de longe, mas sem direção.

O Tigre respondeu aos 20 minutos. Pela direita, a bola sobrou para Oyama, que finalizou fraco, facilitando a defesa de Matheus Nogueira. Pouco depois, a Curuzu chegou a explodir em comemoração: Garcez marcou após passe de Rossi, mas o gol foi anulado pelo VAR por impedimento, esfriando a festa da torcida.

A resposta quase veio em seguida. Bruno José aproveitou falha de Denner, avançou livre em direção ao gol, mas Thiago Heleno se recuperou e desviou para escanteio. O castigo, no entanto, não demorou. Aos 44 minutos, após cobrança de escanteio, Rafael Donato subiu mais alto que a defesa e cabeceou firme para fazer 1 a 0 para o Novorizontino.

Nos acréscimos, restou apenas a tensão de um princípio de confusão entre os jogadores, que terminou com a expulsão de Fábio Matheus. Com um a menos, o Paysandu não conseguiu reagir, e a vitória manteve o Tigre firme no G4 da Série B. Assim como no primeiro tempo, o jogo terminou com mais protestos dos torcedores.

Próximos jogos

Com a situação cada vez mais complicada, o Paysandu terá no próximo domingo (28) mais um desafio contra uma equipe do G4, o Criciúma, fora de casa, às 16h. A missão será obrigatória: vencer para ainda sonhar com a permanência.

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O Novorizontino, por sua vez, recebe o Vila Nova, também no domingo, e busca mais uma vitória para se consolidar na zona de acesso à Série A.

Veja o gol do Tigre:

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