
"Parece uma Ferrari na mão de um piloto ruim! Triste!", assim o jornalista da Bandnews FM de Goiás, Thiago Menezes, descreveu o Paysandu. O profissional é conhecido do torcedor paraense por tirar sarro do Papão e do Remo, sempre comparando com os clubes de sua terra (Goiás, Vila Nova e Atlético-GO).
A manifestação do jornalista goiano veio após mais uma decepcionante atuação do bicolor paraense na Série B do Campeonato Brasileiro, na derrota para a Chapecoense por 2x0. Em sua postagem na rede social X (antigo Twitter), Thiago afirmou que, mesmo diante da grandeza do Paysandu e da sua torcida, o Papão sempre “namora com a Série C, quando não cai”.
CONTEÚDOS RELACIONADOS
- Paysandu terá que fazer "campanha de G4" para fugir da Série C
- Paysandu vive no fio da navalha em Série B marcada por equilíbrio
- Paysandu tem o pior início na Série B desde 2006
E ao analisar as participações do clube paraense na Série B desde 2006, quando o campeonato passou a ser disputado no formato atual, a manifestação do jornalista goiano acaba não sendo apenas mais uma zoação, e sim um fato. Desde 2006, o Campeonato Brasileiro da Série B passou a ser disputado da forma como é atualmente, com 20 clubes e em 38 rodadas. De lá para cá, o Paysandu disputou a competição em 8 oportunidades (2006, 2013, 2015, 2016, 2017, 2018, 2024 e 2025).
Eu brinco muito com os irmãos paraenses, mas falando sério: como o @Paysandu consegue fracassar tanto?
— Thiago Menezes (@thiagomenezesbn) August 18, 2025
Esse clube é gigante, pela sua torcida, e pela história, e mesmo assim sempre namora com a série C, quando não cai.
Parece uma Ferrari na mão de um piloto ruim! Triste! pic.twitter.com/cjSd6RYyCh
As piores campanhas do Papão na competição (aquelas que resultaram no rebaixamento para a Série C) foram nos anos de 2006, 2013 e 2018. Nas demais oportunidades, o clube paraense esteve flertando com o Z-4, no qual acabou se salvando do descenso apenas nas últimas rodadas.
A exceção foi em 2015, quando o time comandado por Dado Cavalcanti, na época, esteve próximo do acesso até às últimas rodadas, terminando a competição na 7ª posição, com 60 pontos, 5 a menos que o primeiro clube dentro do G-4 daquele ano. Desde então, o Paysandu nunca mais terminou a competição entre os 10 primeiros colocados. Em 2016, terminou na 14ª posição; em 2017, na 11ª colocação; em 2018, terminou em 17° e foi rebaixado; e no ano passado, em 2024, ficou em 14° colocado.
Quer mais notícias do Paysandu? acesse o nosso canal no WhatsApp
Afinal, por que o Paysandu, diante da sua grandeza e história na Série B, não consegue ao menos flertar com um acesso à elite do Brasil? Um clube que já conquistou essa competição em duas oportunidades (1991 e 2001), desde 2006 para cá, na maioria das vezes, sempre esteve brigando contra o rebaixamento, quando não é rebaixado de fato. A observação feita por Thiago Menezes deve servir de alerta para a diretoria e torcida do Papão, pois, nem em uma Série B tão equilibrada como a de 2025, o Paysandu mantém sua sina de brigar contra o rebaixamento.
Atualmente, com apenas 21 pontos conquistados e na 19ª colocação da Série B, desde o início da competição, o Paysandu ficou de fora da zona do rebaixamento em apenas três rodadas entre todas as que foram realizadas. E para fugir do trágico rebaixamento para a Série C em 2026, terá que fazer literalmente uma campanha que se assemelha à dos que estão disputando o acesso à elite. Ou seja, campanha de G-4. Até o término da competição, o Papão ainda tem 48 pontos a disputar nos 16 jogos que lhe restam.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar