
O clássico entre Clube do Remo e Paysandu por si só é repleto de fascinantes histórias que o diferencia de qualquer outro confronto ocorrido em todo o futebol brasileiro. Considerado do duelo mais disputado do mundo com 779 partidas realizadas, ao longo de 112 anos de profunda e intensa rivalidade, um jogo é lembrado com orgulho para os bicolores até os dias atuais.
Há exatos 80 anos, o Paysandu goleava o seu maior rival Clube do Remo pelo placar de 7 a 0 em pleno estádio Baenão, a maior goleada do clássico até os dias de hoje. O dia 22 de julho de 1945 ficou marcado na história do Campeonato Paraense como o mais glorioso entre os duelos no RexPa ao time alviceleste. Antes do marcante clássico, no ano de 1939, o Papão havia sofrido também uma goleada de 7 a 2 do rival.
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Quatro anos depois, em 1943, os bicolores devolveram a peia, desta vez com 7 a 1 em cima dos azulinos, na Curuzu. No entanto, dois anos depois, o placar mais marcante, 7 a 0, superando com as duas goleadas o recorde do Leão. O grande herói daquela tarde foi o atacante Soiá, que marcou três dos sete gols. Ao seu lado, Hélio (duas vezes), Farias e Nascimento completaram o placar implacável, que eternizou o feito bicolor.
Na lembrança feita pelo professor e historiador Michel Pinho em um post nas redes sociais, é destacado que o clássico foi disputado em pleno período da 2ª Guerra Mundial, que marcou recessão econômica mundial, entre outras coisas, que repercutiam nos principais jornais da cidade. Apesar disso, no dia 22 de julho de 1945, em Belém, a goleada fez a população paraense esquecer um pouco o noticiário mundial.

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Mesmo num período de recessão, os torcedores desembolsaram 10 cruzeiros para assistir a partida nas arquibancadas e 5 cruzeiros nas gerais. Dentro de campo. o primeiro tempo terminou somente 1 a 0 para o Paysandu, graças ao gol de Hélio, aos 37 minutos. Foi uma etapa marcada por equilíbrio e tensão, que culminou na expulsão de Arleto, do Papão, e Vicente, do Remo, após troca de agressões aos 43 minutos.
Por outro lado, na etapa final, a equipe alviceleste literalmente brincou no gramado. Apenas um minuto depois do apito, Farias ampliou o marcador, iniciando uma avalanche de gols. Soiá brilhou com três gols consecutivos, aos 4', 9' e 20 minutos. Hélio, novamente, balançou as redes aos 24 minutos, e Nascimento selou a goleada histórica aos 44 minutos. Naquele ano, o Papão garantiu o tetracampeonato estadual.
Nos instantes finais, com o jogo já decidido, os bicolores protagonizaram um momento de descontração: os jogadores passaram a trocar passes em campo, o tradicional "Olé!", enquanto o rival observava impotente e sem forças para qualquer tipo de reação.
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