Arbitragem relata ameaça e invasão em vitória do Paysandu

A vitória do Paysandu por 2 a 1 sobre o Ferroviária-SP, na noite da última segunda-feira (30), na Curuzu, pela 14ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, foi marcada por acusações da arbitragem contra um dirigente bicolor.

Segundo a súmula do árbitro da partida, Carlos Esteban Frontini, diretor de futebol do Lobo, invadiu o gramado no intervalo da partida e criticou a equipe de arbitragem por decisões tomadas em campo.

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Na ocasião, o Paysandu perdia por 1 a 0. Ainda de acordo com o árbitro, Frontini se dirigiu aos oficiais com gestos agressivos e gritos como: "Porra Jefferson, você está segurando o jogo, não tá deixando a gente jogar, deve estar de sacanagem!."

O dirigente teria continuado em campo mesmo após ser solicitado a se retirar e, segundo o relato, impediu a saída da arbitragem enquanto reclamava da atuação do árbitro Jefferson Ferreira de Moraes (GO).

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Além disso, o documento menciona que durante o intervalo pessoas não identificadas bateram com força na porta do vestiário da arbitragem "em tom de ameaça".

No segundo tempo, com gols de Marlon e Marcelinho, o Paysandu conseguiu a virada e venceu por 2 a 1, chegando à terceira vitória consecutiva. Com o resultado, o time soma agora 13 pontos e está na 19ª colocação, a apenas um ponto de sair da zona de rebaixamento.

Risco de punição

O episódio pode resultar em punições ao clube no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Paysandu pode ser enquadrado no artigo 258-B do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata da invasão de campo por membros da comissão técnica, dirigentes ou qualquer pessoa não autorizada:

• Art. 258-B – Invadir local destinado à equipe de arbitragem, ou o local da partida, prova ou equivalente, durante sua realização, inclusive no intervalo regulamentar, ou dele sair, salvo com a devida autorização.

Pena: suspensão de 15 a 180 dias.

Além disso, o clube pode ser responsabilizado conforme o Art. 213, que pune agremiações que deixarem de tomar providências para prevenir e reprimir:

• Desordens em sua praça de desporto;
• Invasão do campo ou local da disputa do evento;
• Lançamento de objetos no campo;

Pena: multa de R$ 100 a R$ 100 mil, e, em casos mais graves, perda de mando de campo.

A Procuradoria do STJD deverá analisar a súmula e demais registros do jogo para definir se o caso será denunciado.

Próximo compromisso

O Paysandu volta a campo no próximo sábado (5), às 19h30, quando enfrenta o Avaí, na Ressacada, pela 15ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O adversário é o quarto colocado com 23 pontos.

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