Há dias em que um estádio deixa de ser apenas concreto e grama para se transformar em cenário de expectativas, promessas e nervos à flor da pele. É quando a cidade respira futebol, o torcedor repassa superstições e cada funcionário revisa sua parte como se fosse protagonista de um espetáculo coletivo. Assim vive Belém às vésperas do confronto entre Remo e Goiás, duelo que pode recolocar o Leão Azul na elite do futebol brasileiro após mais de três décadas.
Desde a realização do Global Citizen Festival, no último dia 1º de novembro, o Estádio Olímpico do Pará - o Mangueirão - passou por uma operação especial de recuperação. O gramado recebeu corte, nivelamento, irrigação e adubações granulada e mineral para devolver ao piso a uniformidade perdida depois do megashow. A equipe técnica realizou também inspeções de drenagem, verificou a compactação do solo e ajustou o sistema de irrigação automatizada, processos que garantem o padrão exigido pela CBF.
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Com expectativas que ultrapassam os 45 mil torcedores, o Governo do Pará reforça o esquema de segurança, mobilidade e serviços internos para suportar a grande movimentação prevista para o domingo.
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AGRÔNOMO AZULINO LIDERA A ENGENHARIA DO GRAMADO
À frente da recuperação do campo está Raimundo Mesquita, engenheiro agrônomo e ex-jogador do Remo. Ele relata que o trabalho exigiu precisão técnica e envolvimento emocional.
"Depois do show, trabalhamos intensamente por cerca de 15 dias para entregar um gramado em condições plenas. Fizemos corte, adubação mineral e granulada, irrigação e adubação foliar para garantir um verde intenso no jogo de domingo", explica.
VASSOURA METÁLICA E DETECTOR DE METAIS

Mesquita detalha que, após a desmontagem do festival, executou-se uma limpeza minuciosa com vassoura metálica e detector de metais, seguida de novo corte com máquina helicoidal ajustada a 22 milímetros. O processo foi finalizado com adubação NPK 18-18-18 e irrigação contínua.
Ex-ídolo azulino, ele admite que controlar o coração é difícil: "O coração fica apertado. Acredito muito no Remo e na força da massa azulina. Se pudesse entrar em campo, eu entrava."
DIREÇÃO DO ESTÁDIO CONFIRMA OPERAÇÃO ESPECIAL
O diretor do Mangueirão, Maurício Bororó, afirma que tudo está pronto para receber o público que deve lotar as arquibancadas. "Estamos prontos para essa grande festa. Esperamos mais de 40 mil pessoas e contamos com o apoio de todos os órgãos de segurança do Estado."
Nas ruas e redes sociais, a ansiedade toma conta da torcida azulina. Para o torcedor Sávio Morais, jogar no Mangueirão é sinônimo de força coletiva: "É muito importante jogar aqui porque o estádio é proporcional ao tamanho da nossa torcida. Vai virar um caldeirão."
William Minowa reforça o peso histórico do momento: "A expectativa é enorme. Nunca vi meu time disputar a Série A. Agora é fazer a nossa parte e empurrar o time."
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