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VENDA DE INGRESSOS

MPPA monitora Paysandu para evitar monopólio de cambistas

Um grupo de torcedores do Paysandu acionou Ministério Público ddo Estado do Pará (MPPA) para evitar o monopólio de cambistas na venda de ingressos para o jogo Paysandu e Amazonas, pela Série C do Campeonato Brasileiro.

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Imagem ilustrativa da notícia MPPA monitora Paysandu para evitar monopólio de cambistas camera Grandes filas têm se formado para comprar ingressos aos jogos do Paysandu na Série C | Jorge Luis Totti, ascom Paysandu

Desde o início das vendas dos bilhetes nas formas on-line e presencial, torcedores estão reclamando das ações dos cambistas. Em fotos e vídeos que circulam na Internet, é possível ver ingressos adquiridos por uma única pessoa. Por conta das denuncias realizadas, os orgãos públicos e de segurança começaram a solicitar esclarecimentos do Paysandu.

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Procuradora de Justiça do Consumidor, Regiane Ozanan, do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), iniciou um procedimento administrativo com o propósito de monitorar as medidas de conformidade adotadas pelo Paysandu Sport Club em relação à prestação de serviços em eventos esportivos de futebol profissional realizados no Estádio Estadual Jornalista Edgar Proença, o Mangueirão.

MPPA monitora Paysandu para evitar monopólio de cambistas
📷 |Reprodução

O MPPA teve ciência de que o Paysandu estaria infringindo os direitos dos consumidores, especificamente no que se refere ao acesso e à segurança no estacionamento, organização das filas, combate à atuação de cambistas, e desrespeito à meia-entrada em ingressos, entre outras queixas relacionadas a eventos esportivos no Mangueirão. Isso inclui o jogo entre Paysandu e Botafogo/PB, realizado no dia 17 deste mês, bem como os preparativos para a partida entre Paysandu e Amazonas/AM, agendada para o dia 1º de outubro.

A instauração do procedimento levou em consideração dispositivos legais, tais como os artigos 166 e 167 da Lei Geral do Esporte (Lei Nº 14.597/2023), que classificam a prática de "cambismo" como crime no contexto das relações de consumo. Estes artigos preveem penalidades que variam de 1 a 2 anos de reclusão, além de multa, para aqueles que vendem ou portam para venda ingressos de eventos esportivos por preço superior ao indicado no bilhete. Ademais, a facilitação, distribuição ou desvio de ingressos para venda por preço superior ao indicado no bilhete pode resultar em pena de 2 a 4 anos de prisão, acrescida de multa.

Além disso, o MPPA destaca a importância dos direitos à meia-entrada, à segurança e à adequada prestação de serviços ao consumidor, conforme estabelecido em legislações como o Código de Defesa do Consumidor, a Lei Geral do Esporte e outras leis pertinentes.

Por fim, a Promotoria do Consumidor agendou uma reunião para o dia 27 de setembro, com o intuito de discutir o assunto com o Subprocurador-geral para a área Jurídico-Institucional, Antônio Eduardo Barleta de Almeida, o Promotor de Justiça Raimundo de Jesus Coelho de Moraes, e os representantes legais do Paysandu Sport Club, da Secretaria Estadual de Esporte e Lazer (SEEL), da Delegacia do Consumidor (DECON), do PROCON e da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SEGUP).

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