
Não é segredo para ninguém que o futebol deixa marcas boas ou infelizmente lamentáveis na vida de qualquer atleta, seja ele profissional, amador, e principalmente quando ele ainda está nas categorias de base. Os atletas brasileiros têm sido alvo de constantes ataques racistas em diversos lugares do mundo, e recentemente, o garoto Luighi Hanri, atacante de 18 anos do Palmeiras teve uma traumática noite após vitória palestrina sobre o Cerro Porteño pela Libertadores Sub-20.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou providências das entidades de futebol e punição aos responsáveis pelo episódio de racismo sofrido pelo jogador Luighi, do Palmeiras, durante uma partida em Assunção. "Todo apoio ao nosso jovem Luighi, do Palmeiras, vítima de ato racista no Paraguai"
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O futebol significa trabalho coletivo, superação e respeito. Racismo significa o fracasso da humanidade. Basta de ódio disfarçado de rivalidade. O mundo não pode mais tolerar esse tipo de violência que fere a dignidade e a esperança da nossa juventude. A FIFA, a Conmebol e a CBF precisam agir e que os culpados sejam exemplarmente responsabilizados", disse o presidente, em postagem na rede social X.
Lula já se manifestou em casos anteriores, como a perseguição de torcedores espanhóis ao jogador Vinicius Júnior, do Real Madrid. O presidente reforçou a posição do governo de combate ao racismo e outras formas de preconceito.
Todo apoio ao nosso jovem Luighi, do Palmeiras, vítima de ato racista no Paraguai. O futebol significa trabalho coletivo, superação e respeito. Racismo significa o fracasso da humanidade. Basta de ódio disfarçado de rivalidade. O mundo não pode mais tolerar esse tipo de violência…
— Lula (@LulaOficial) March 7, 2025
Entenda o caso
O jogador Luighi, da Sociedade Esportiva Palmeiras, foi alvo de xingamentos e gestos racistas de torcedores do Cerro Porteño no momento em que comemorava um gol na partida entre os times pela Taça Conmebol Libertadores sub-20, na capital paraguaia. O time paulista venceu por 3 a 0 a equipe paraguaia.
Em entrevista à imprensa após o jogo, o atacante se emocionou e questionou "até quando" ações como essa passarão impunes. Ele dirigiu a pergunta aos repórteres que não citaram o episódio durante entrevista após a partida. O jogador cobrou ainda um posicionamento da Conmebol, organizadora da competição.
"A Conmebol vai fazer o que sobre isso? O que fizeram comigo foi um crime”, desabafou o atleta.
"Dói na alma. E é a mesma dor que todos os pretos sentiram ao longo da história, porque as coisas evoluem, mas nunca são 100% resolvidas. O episódio de hoje deixa cicatrizes e precisa ser encarado como é de fato: crime. Até quando? é a pergunta que espero não ser necessária ser feita em algum momento. Por enquanto seguimos lutando", disse Luighi, nas redes sociais.
Exclusão do Cerro Porteño
Ainda na quinta-feira (6), a Conmebol e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se manifestaram contra os atos racistas e afirmaram rejeitar "categoricamente todo ato de racismo ou discriminação de qualquer tipo" e que "medidas disciplinares apropriadas serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área".
A CBF disse que "enviou nesta sexta-feira (7) denúncia à Conmebol pedindo a punição dos torcedores e a exclusão do Cerro Porteño, do Paraguai, da Libertadores Sub-20".
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