Desde sua criação, a Série C do Campeonato Brasileiro tem passado por várias reconfigurações, refletindo as necessidades e expectativas dos clubes que buscam destaque e acesso na competição. No entanto, para 2025, um movimento inédito vem ganhando força entre os times nordestinos: a criação de uma comissão formada por oito clubes que desejam transformar a Terceirona em um campeonato de pontos corridos, com 38 rodadas, seguindo o modelo consagrado nas Séries A e B.
O grupo, composto por ABC, Botafogo-PB, Confiança, CSA, Floresta, Itabaiana, Náutico e Retrô, surgiu por iniciativa de Laércio Guerra, presidente do Retrô, que conduziu o clube de Camaragibe ao acesso para a Série C em 2024. “A ideia surgiu já anteriormente na medida em que a gente conseguiu o acesso. Uma competição em pontos corridos, com 38 rodadas, tem dado certo nas Séries A e B. Tendo o mesmo quantitativo, não seria mais do que justo a C ter esse mesmo formato. Ele privilegia o investimento, a estrutura e a organização do clube que conseguir terminar entre os quatro. Além disso, podemos ampliar o calendário”, explicou Guerra.
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Com o objetivo de oficializar a proposta, os dirigentes dos clubes irão se reunir com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nas próximas semanas para debater a viabilidade da mudança. A expectativa é que a nova configuração, se aprovada, seja incorporada no calendário que a CBF anunciará no mês seguinte.
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O formato atual da Série C é dividido em duas fases, com 27 datas ao todo. Na primeira, os 20 clubes jogam entre si em um único turno, e os oito primeiros avançam para uma fase de grupos, que determina o acesso e o título por meio de jogos de ida e volta.
VALORIZAR O INVESTIMENTO DOS CLUBES
Para Guerra, a reformulação da competição, ao adotar o formato de pontos corridos, “seria o ápice dessa evolução” e uma forma de valorizar o crescente investimento dos clubes na infraestrutura. “Tive o trabalho de ligar individualmente para cada presidente dos clubes do Nordeste e todos, sem exceção, foram assertivos em dizer que esse seria o melhor modelo. Tenho plena convicção que a CBF está observando essa evolução dos clubes”, completou.
A proposta de ampliação para 38 rodadas aumentaria o número de partidas e poderia refletir em mudanças financeiras e logísticas, já que a CBF cobre os custos de transporte e estadia para os jogos. Resta agora aguardar o posicionamento da entidade e a decisão sobre uma possível nova era para a Série C.
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