José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, faleceu na última quinta-feira (24), aos 66 anos, em São Paulo. Ícone do boxe brasileiro, Maguila lutava contra a encefalopatia traumática crônica (ETC), uma doença incurável que afeta muitos lutadores devido aos frequentes golpes na cabeça.
Em entrevista emocionante para um programa de TV, Irani Pinheiro, sua esposa, relembrou os momentos desafiadores vividos ao lado do ex-lutador. “Num surto psicótico, porque só quem sabe e [tem alguém] com Alzheimer, doença mental, [sabe] que eles surtam, agridem… o Maguila era agressivo”, desabafou.
Ela compartilhou que, apesar das dificuldades impostas pela doença, optou por permanecer ao lado do marido. “Ficaria mais fácil eu separar, mas decidi ficar e cuidar dele na fase mais difícil, porque procurava entender sua condição”, explicou.
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Irani enfatizou a importância da fé em sua jornada de cuidados. “O cuidado não vem de nós, vem de Deus. É Ele quem dá forças para a gente continuar e cuidar das pessoas”, disse, reconhecendo a persistência que precisou ter para lidar com a condição de Maguila.
A história do casal começou quando Irani tinha apenas 17 anos, época em que Maguila estava no auge da carreira. Enfrentando julgamentos por estar ao lado de uma figura famosa, Irani afirmou que sempre agiu por amor e dedicação. “Não dormiria em paz se eu não tivesse cuidado do Maguila. Mas, hoje, estou tranquila, porque sei que fiz o meu melhor. A única satisfação que tenho é a certeza de que fiz o bem. A única pessoa para quem devo me justificar é Deus, não para ninguém”, concluiu.
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