No mundo do futebol, onde a paixão de torcedores se mistura com grandes cifras, os bastidores financeiros muitas vezes revelam histórias tão intrigantes quanto as disputas em campo. Clubes de renome se veem em situações desafiadoras que vão além das quatro linhas, envolvendo contratos milionários, patrocínios e polêmicas que podem manchar reputações. Em meio a esse cenário, a gestão cuidadosa de acordos comerciais se torna tão crucial quanto a preparação de um elenco para uma grande final.
Nesse contexto, o Corinthians acabou se envolvendo em uma polêmica financeira após receber R$ 56 milhões de sua ex-patrocinadora, Vai de Bet, através de intermediárias financeiras que não constavam no contrato. Essas transações, que ocorreram sem a autorização do clube, levantaram suspeitas sobre a integridade do acordo firmado entre as partes.
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Durante os cinco meses de patrocínio, que terminaram abruptamente em junho, a Vai de Bet usou três empresas não mencionadas no contrato para realizar 90% dos pagamentos ao Corinthians. O advogado Rui Fernando, que representa o clube desde 2019, afirmou em depoimento à 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), que as empresas Zelu Pagamentos e Pay Brokers eram as únicas autorizadas a fazer as transações. No entanto, a Vai de Bet utilizou outras empresas sem o devido aviso prévio, violando os termos contratuais.
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Essas informações despertaram ainda mais suspeitas entre os investigadores, que já haviam observado discrepâncias nas notas fiscais enviadas pelo Corinthians. De um montante total de R$ 66 milhões, apenas R$ 10 milhões foram pagos por meio das intermediárias autorizadas. O restante das quantias envolveu transações por empresas que não constavam no acordo inicial, algo que deveria ter sido formalmente comunicado ao clube, segundo o advogado.
CORINTHIANS DEVE PROCESSSAR VAI DE BET
Mesmo com o rompimento do contrato há mais de quatro meses, o Corinthians está considerando acionar judicialmente a Vai de Bet. A diretoria jurídica alega que, além das perdas financeiras, o clube sofreu danos significativos à sua reputação, especialmente com o uso indevido de seu símbolo após o término do contrato.
Leonardo Pantaleão, diretor jurídico do clube, destacou que o processo de análise para calcular o impacto financeiro ainda está em andamento. Segundo ele, além da multa contratual, o clube avalia possíveis prejuízos causados por lucros cessantes e outros negócios que não puderam ser realizados devido ao descumprimento do acordo. O departamento jurídico aguarda a conclusão do inquérito para tomar as medidas legais cabíveis.
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