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Mulheres do Brasil quebram recorde nas Paralimpíadas de Paris

Delegação brasileira tem recorde a favor das mulheres, assim como foi nas Olimpíadas, no mês passado.

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Imagem ilustrativa da notícia Mulheres do Brasil quebram recorde nas Paralimpíadas de Paris camera Fernanda Yara levou o Brasil para o lugar mais alto do pódio: elas estão dando show nas Paralimpíadas | Reprodução / Facebook

O Brasil continua firme em seu objetivo de superar nos Jogos Paralímpicos de Paris as 72 medalhas conquistadas na edição de Tóquio, em 2021, quando levou 22 de ouro, 20 de prata e outras 30 de bronze.

Ao final de mais um dia de competições, nesta quarta-feira (4), a delegação paralímpica já soma 57 medalhas. O top 5 ainda está ao alcance, mas o país caiu de quarto para sexto, após jornada com apenas um ouro. Agora são 15 primeiros lugares.

Se conseguir a marca buscada, o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) poderá colocar boa parte do resultado na conta do desempenho feminino nos Jogos.

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Depois do bronze conquistado por Verônica Hipólito nos 100 m da categoria T36, no Stade de France, as mulheres já somavam 27 pódios, com sete medalhas de ouro --ainda veio mais uma prata, com Wanna Brito, no arremesso do peso F32, totalizando 28 medalhas femininas.

"Encontro as meninas pela Vila e só tenho a comemorar. Está um clima muito bom, e fico muito feliz que nós, mulheres, estamos tendo protagonismo nestes Jogos", comemorou Carol Santiago, que ganhou três ouros na piscina da Arena La Défense --o terceiro, nesta quarta, nos 100 m livre (S12). Pouco depois, a paratleta, que tem deficiência visual, também ganhou uma prata por equipe, em disputa mista, que não entra na conta feminina.

Assim, o Brasil fechou o dia no quadro com mais conquistas delas (28) do que deles (26). Outras três foram de equipes mistas.

"Foi muito falado que estes seriam os Jogos das mulheres. A gente está tendo a oportunidade de participar em pé de igualdade, e isso é um grande marco", disse Carol.

Dos 255 atletas com deficiência do Brasil, 117 são mulheres, ou 45,9%, perto da igualdade. O equilíbrio é maior do que na disputa de Tóquio (96 mulheres, ou 41%) e na do Rio de Janeiro (102 mulheres, ou 35,2%), em 2016.

Antes, o melhor desempenho feminino tinha sido em Tóquio, com 26 medalhas: sete de ouro, sete de prata e 12 de bronze. Na mesma competição, os homens subiram ao pódio 43 vezes, com 15 ouros, 12 pratas e 16 bronzes. As outras três medalhas foram conquistadas por equipes mistas (uma prata e dois bronzes).

A evolução é ainda mais significativa se comparada aos Jogos disputados no Rio de Janeiro. Em casa, o Brasil conquistou pela primeira vez 72 medalhas, com 14 ouros. Mas as mulheres tiveram apenas dois ouros, com seis pratas e 11 bronzes, total de 19 medalhas. Eles levaram 11 ouros, 21 pratas e 18 bronzes --foram mais três para times mistos, um ouro e duas pratas.

Nesta quarta, além do ouro de Carol, a natação das mulheres teve prata (Patrícia Santos, nos 50 m peito SB3) e bronze (Mariana Gesteira, nos 100 m livre S9). Os homens passaram em branco nas provas individuais.

No Stade de France, o atletismo teve empate: os homens somaram dois pódios, prata (Bartolomeu Chaves, nos 400 m T37) e bronze (Ariosvaldo da Silva, nos 100 m T53); as mulheres igualaram o feito com as já citados medalhas de Verônica Hipólito (bronze) e Wanna Brito (prata) --ambas em classes para atletas com paralisia cerebral.

"Isso abre oportunidades para que outras meninas vejam isso e se inspirem", afirmou Carol.

Fora de piscinas e pistas, a outra medalha do dia também foi delas, Lara Lima, com um bronze na categoria até 41 kg do halterofilismo.

A pernambucana Carol Santiago --que soma agora nove medalhas paralímpicas, com as cinco de Tóquio-- pula de novo na água nesta quinta (5) para disputar os 100 m peito, outra de suas especialidades, oportunidade para aumentar a coleção feminina.

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