Uma vida marcada por muito trabalho, fama, dinheiro, fotos em revistas, luxo, joias e viagens. Era assim que vivia a ex-coelhinha da Playboy, Eni Helena Novakoski, conhecida como Enny, no início da década de 80, na época, ela já fazia sucesso e foi tema da matéria principal e do pôster da revista masculina Playboy, a mais famosa da época. Ela foi a primeira modelo a posar para as lentes J. R. Duran.
Ela começou a carreira de modelo aos 14 anos, quando se mudou para São Paulo. Na época, ela juntou um dinheiro trabalhando como caixa de um supermercado e fugiu de casa. Na cidade paulista ela morou por um tempo com uma prima. Seu primeiro trabalho na TV foi em 1977 na novela O Espantalho, da antiga TVS, hoje SBT. Logo depois, ela ficou pouco mais de um ano como assistente de palco de Silvio Santos, antigamente chamada de “telemoça”.
A ex-modelo também fez parte do time de atores das pornochanchada, que eram filmes de comédia erótica, para conseguir mais visibilidade na época. Para separar as carreiras, ela usava nomes artísticos diferentes para as filmagens e para os trabalhos como modelo. Depois que se mudou para os Estados Unidos com Arnaldo, a atriz chegou a atuar em filmes de Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone.
Como Eni está hoje?
Completando 65 anos nesta quarta-feira (5/), a ex-modelo, hoje aposentada, lembra com carinho da sua época de fama. Porém, diferente da vida que tinha da década de 80, hoje Eni vem passando por dificuldades financeiras.
Ela que já foi bancária nos EUA, hoje mora sozinha e vive com apenas um salário de sua aposentadoria. Eni também sofre com problemas na coluna e dá aulas de inglês para completar a renda, por conta dos problemas financeiros ela precisou vender o carro para arcar com os impostos da casa onde mora.
“Já fui atriz, modelo, playmate da Playboy e até milionária. Ao me mudar para os Estados Unidos com meu então marido [Arnaldo Zonari Filho, filho de Arnaldo Zonari, importante empresário do setor de exibição e produtor de cinema], comecei a estudar inglês, mas as coisas não deram muito certo e acabei me separando. Depois disso, fui gerente de um banco por lá, mas fiquei doente, acabei perdendo tudo e voltei para o Brasil”, contou ela, em entrevista exclusiva à colunista Fábia Oliveira do Metrópoles.
Eni viveu com o milionário por 8 anos, porém, não teve direito a nenhuma ajuda financeira dele, pois a advogada que contratou perdeu todas as provas que tinha do relacionamento: “Todas as provas que eu tinha de ter vivido 8 anos com ele foram perdidas. A advogada foi até Curitiba conversar com o irmão do meu ex para tentar resolver minha questão, nunca mais apareceu para dar notícia e os documentos sumiram”, lamentou.
A ex-coelhinha relatou que hoje passa por muitas dificuldades financeiras: “Hoje, tenho problema de coluna, preciso de ajuda para me locomover, mas vivo sozinha. Como sou fluente no inglês, dou aulas para ajudar no orçamento doméstico, mas tenho poucos alunos. Atualmente, estou apenas com dois. Por conta da pandemia, perdi a maioria deles. Está difícil viver assim”, desabafou.
Eni recordou também que ficou sem meio de locomoção para ir ao médico, pois precisou vender o carro: “Tive que me desfazer do veículo para colocar o IPTU da minha casa em dia. Mas preciso de um carro para ir ao médico e no mercado, que é onde eu vou ultimamente”, disse ela, que mora em Ponta Grossa, no Paraná, onde nasceu.
Ela também contou que ficou sem meio de locomoção para ir ao médico, pois precisou vender o carro: “Tive que me desfazer do veículo para colocar o IPTU da minha casa em dia. Mas preciso de um carro para ir ao médico e ao mercado, que é onde eu vou ultimamente”, disse ela.
Hoje Eni mora em sua cidade natal, em Ponta Grossa, no Paraná e detalhou, que gasta boa parte da aposentadoria com medicamentos por conta do seu problema de coluna: “São R$ 500, R$ 600 de medicamentos todo mês. Do salário mínimo, não sobra quase nada. Mesmo fazendo a cirurgia e o acompanhamento pelo SUS, minha coluna só tem piorado e nenhum médico consegue resolver. Enquanto isso, tomo remédios fortes e não melhora”.
Ela afirmou que resolveu falar para ver se consegue ajuda: “Minha intenção é chamar atenção para, talvez, alguém me ajudar. Além disso, preciso divulgar meu único ganha pão de hoje, que são as aulas de inglês e traduções. Quem sabe, consigo ter meu carro de volta e ganho um computador para poder dar minhas aulas. Já até se ofereceram pra escrever minha história e transformar em livro, mas não tenho condições de custear isso”.
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