Pedro e Bino organizaram bloqueio de estrada há 17 anos

Entre 2003 e 2007, a TV Globo levou ao ar uma continuação da série Carga Pesada, que foi protagonizada por Antonio Fagundes e Stênio Garcia, que interpretavam os caminhoneiros Pedro e Bino. A cada episódio, os profissionais da estrada passavam pelas mais diversas situações, que acabaram gerando o imortal bordão: “é uma cilada, Bino!”.

No dia 28 de maio de 2004, foi ao ar um episódio chamado Estrada.com.br, que mostrou Pedro mobilizando o bloqueio de uma via para reivindicar melhorias nas estradas, que estavam muito esburacadas, e também para pedir melhor segurança.

“Vou bloquear essa estrada aqui e ninguém passa. Só vou sair daqui depois que a televisão chegar”, declara Pedro na ocasião. “Isso aí não leva a nada, não vai resolver problema nenhum. Saiba que sou contra, as coisas não se resolvem desse jeito”, rebate Bino.

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No fim, a situação foge do controle e os participantes da manifestação se acalmam e resolvem ir embora, temendo perder seus empregos. Pedro e Bino, que estavam parados no local por causa do caminhão ter parado dentro de um buraco, acabam sendo ajudados e conseguem seguir viagem, mas sem conquistar as melhorias que gostariam.

Posicionamento político de Antonio Fagundes e Stênio Garcia

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, em outubro do ano passado, Antonio Fagundes declarou sentir "um pouco de raiva" de quem aceita trabalhar no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) – o ator se referia aos trabalhos da Secretaria Espacial de Cultura que, segundo Fagundes, tem como única proposta "acabar com a Cultura".

Stênio Garcia nunca declarou, publicamente, opiniões a respeito do atual cenário político. Contudo, o ator fez um apelo, pelas redes sociais, para que as autoridades fossem rígidas nas políticas de isolamento social – o que contraria o discurso adotado por apoiadores de Jair Bolsonaro.

Bloqueio das estradas na “vida real”

Nesta quinta-feira (9), um movimento organizado por caminhoneiros autônomos bloqueiaestradas em 15 estados. As pautas defendidas pelos caminhoneiros da “vida real” são, dentre outras: apoio ao presidente Jair Bolsonaro, fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional e a adoção do voto impresso para as eleições de 2022.