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TORCIDA

Paraense participa de disputa de confeiteiros em programa do GNT

A paraense Paola Electo, 35 anos, saiu de Belém há dez anos para fazer pós-graduação em Terapia Intensiva, no Rio de Janeiro. Depois de um ano estudando, começou a fazer bombons do Pará para vender e ajudar nas despesas, já que não conseguia emprego na su

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Imagem ilustrativa da notícia Paraense participa de disputa de confeiteiros em programa do GNT camera Paola e seu partner na disputa, Marllon Andrade, durante os bastidores do "Que Seja Doce". | Divulgação

A paraense Paola Electo, 35 anos, saiu de Belém há dez anos para fazer pós-graduação em Terapia Intensiva, no Rio de Janeiro. Depois de um ano estudando, começou a fazer bombons do Pará para vender e ajudar nas despesas, já que não conseguia emprego na sua área de atuação. Com seis meses de vendas, conseguiu emplacar seu doce nos melhores restaurantes de Niterói. Não pensou duas vezes: ampliou seu cardápio para brownies, palha italiana e outras delícias.

“Então, vi que eu era uma microempreendedora e oficializei isso. Minha empresa passou por várias transformações, comecei com nome ‘Paola’s Truffles’, depois ‘Arte&Chocolat’ e hoje estou trabalhando em cima do meu nome, ‘Paola Electo Patisserie’. Pensei em desistir várias vezes, permanecer nesse sonho não foi fácil, ter foco e determinação para chegar onde se almeja é bem difícil”, diz ela. Paula não desistiu, e na persistência desse sonho, chegou à 6ª temporada do programa “Que Seja Doce”, do canal GNT. Ela participa da disputa de confeiteiros que vai ao ar hoje, às 20h.

No programa, três duplas de confeiteiros e assistentes competem por prêmios e pelo título de “Confeiteiro Mais Doce”. Para isso, eles se inspiram nos seus próprios doces de família. No programa, ela faz dupla com Marllon Andrade, de Niterói.

“É um programa ‘sonho de consumo’, digamos assim, de todo confeiteiro. Aprender com aquelas feras não tem preço, né?”, diz, referindo aos mestres confeiteiros apresentadores do programa, Carole Crema, Lucas Corazza, Roberto Strongolli e Felipe Bronze.

“Desde 2012, quando larguei a enfermagem para viver da confeitaria, eu já sonhava com isso, mas eu era apenas uma vendedora de bombons, não pensava ser uma confeiteira profissional. Em 2014 me inscrevi pela primeira vez e assim por quatro anos seguidos, mas chegava até a última etapa da seleção e nada. Aí pensei: ‘chegou a hora de me profissionalizar. E assim fiz. Concluí o curso de confeitaria profissional, me especializei em cozinha francesa, mais especificamente em macarons, pela Le Cordon Bleu do Rio de Janeiro, e aí sim me inscrevi novamente, e deu certo!”, comemora.

Quando o convite da produção do programa chegou, ela quase não acreditou. Mas depois diz que participar das gravações teve um sabor especial, também pelo tema desta temporada. “Fala sobre memórias afetivas, e contar um pouco sobre a minha memória afetiva, que nem mesmo minha família sabia, foi um momento único, pois isso veio de uma tia que já faleceu, a Tia Nega, como chamávamos, e é incrível como lembro dela nitidamente montando os bolos, ovos de Páscoa, etc. Me emocionei demais em poder contar, e registrar isso em rede nacional não tem preço”, diz.

Foram dois dias de gravação e confinamento, com muito cansaço também. “Mas estávamos ali para dar nosso melhor. E assim foi, agarrei a oportunidade. Não fui pela competição porque eu nunca fui competitiva, mas pela realização de um sonho de conhecer aquelas pessoas e a estrutura do programa do qual sou fã desde que comecei na confeitaria”, admite a confeiteira.

A maior dificuldade, diz Paola Electo, foi ter deixado o filho de dois anos em Belém sem ela pela primeira vez, além de lidar com a ansiedade, nervosismo e toda uma mistura de sentimentos. “O melhor foi passar dois dias inteiros perto dos jurados, com livre acesso, trocar experiências, isso nos ajudou a relaxar um pouco e ver que são simples e amorosos, até mesmo o Roberto, que faz um papel de ranzinza no programa, por trás das câmeras é superbrincalhão. Foi muito gostoso!”

Bom é ser diferente

Paola Electo está só na expectativa da estreia de sua participação no “Que Seja Doce” na TV. “Meu Deus, a ansiedade vai tomando conta de todos nós. Quando falo nós, das outras duplas também. Porque esse foi mais um presente que tive, o prazer de conhecer pessoas maravilhosas, que são apaixonadas pela confeitaria tanto quanto eu e que também sonhavam em estar ali. Mantivemos esse contato e isso não tem preço. Mas a ansiedade é por não imaginar o que vem no programa, porque tem coisas que a gente não participa, os jurados fazem comentários dos doces e não temos acesso. É o que mais tem nos deixado com coração a mil”, explica.

A confeiteira conta que seu trunfo sempre foi investir na inovação. “Eu sempre tive em mente que fazer doce, quase todo mundo faz. O que vai te diferenciar do mercado é a forma como você trabalha. Então, sempre procurei fazer o que ninguém fazia. Comecei vendendo bombom do Pará, o que ninguém vendia lá em Niterói. Depois criei o cone trufado, que também não existia na cidade, e eu trouxe essa novidade para Belém há um ano mais ou menos. E já tenho visto as pessoas fazendo mais por aqui”, descreve.

Inovação foi uma das lições que ela aprendeu na pós-graduação em Gastronomia e Cozinha Autoral. “Eles batem muito nisso, de fazer o que ninguém faz, então entendi que estava no caminho certo. Foi quando decidi voltar a Belém, em maio de 2019, e decidi trabalhar com macaron originalmente francês, o que na cidade não é comum. Os locais que vendem macarons misturam farinha de castanha-do-pará ou de caju, e o verdadeiro macaron é feito só com farinha de amêndoas”, diz ela.

Rainha

Claro que ela fez o dever de casa. Buscou conhecer os “concorrentes” e provou tudo para ver o que seria seu diferencial. “Hoje as pessoas me têm como referência, me chamam de ‘rainha do macaron’, e tenho treinado meus alunos como fui treinada pela Le Cordon Bleu, para fazerem o melhor macaron originalmente francês”, orgulha-se.

Mas se Paola Electo mostra muita segurança nesse trajeto construído na confeitaria, mudar de profissão não foi fácil. “Como eu ia explicar para minha família, que investiu em mim anos na enfermagem, que eu não queria mais ser enfermeira e sim confeiteira? Foi um conflito e recebi muitas críticas, mas eu sabia que um dia viria o reconhecimento”, diz Paola, que chegou a ser indicada a um prêmio local devido ao sucesso que seus brownies faziam.

E se ela preferiu os doces, não deixou de lado o instinto de ajudar o outro. “Tenho um projeto social que nasceu ano passado, o ‘Mão na Massa Brasil’, voltado para capacitação de mulheres com câncer, na intenção de treiná-las e trazer uma esperança de recomeçar, já que fiquei expert em recomeços (risos). Ano passado o projeto aconteceu duas vezes, aqui em Belém e em Niterói. Sou muito feliz e realizada com o que faço e louvo a Deus por ter conseguido permanecer nesse caminho. É o que eu mais amo fazer: doces e ajudar pessoas”, diz.

Assista

Que Seja Doce

Onde: Canal GNT

Quuando: Estreia hoje, às 20h.

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