Hoje, tudo é rápido, automático e descartável. A música começa em um clique, as conversas desaparecem em 24 horas e quase nada parece exigir esforço. Talvez por isso a saudade bata tão forte quando a memória volta para os anos 2000, uma época em que estar online dava trabalho, mas cada interação parecia ter mais valor. Quem foi adolescente naquele período sabe que a internet não era fácil, mas era intensa.
Entre conexões discadas, telas tremendo no MSN e fotos cuidadosamente escolhidas para o Orkut, a rotina digital daquela geração era feita de rituais. E foram justamente esses pequenos hábitos que ajudaram a moldar amizades, paixões e identidades. Relembre algumas das manias que marcaram os adolescentes dos anos 2000.
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Madrugadas no MSN Messenger
Passar horas no MSN Messenger era quase uma obrigação diária. O famoso “chamar atenção” fazia a tela tremer e arrancava respostas imediatas, enquanto os nicknames viravam espaços para indiretas, desabafos e letras de músicas. Exibir no perfil a canção que tocava no Winamp ou no Windows Media Player era uma forma de dizer ao mundo quem você era ou como estava se sentindo. No fim da era do mensageiro, os winks, figurinhas animadas em tela cheia, viraram febre.

Internet discada: só depois da meia-noite
Antes da banda larga, acessar a internet exigia estratégia. Como a conexão usava a linha do telefone fixo, muitos adolescentes só entravam online de madrugada ou aos fins de semana, quando o custo era menor. O som inconfundível do discador conectando ainda vive na memória de quem viveu a época. Se alguém precisasse usar o telefone, era preciso desconectar e esperar tudo de novo.

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Orkut como vitrine da identidade
Customizar o perfil no Orkut era uma arte. Depoimentos carinhosos eram exibidos com orgulho, enquanto outros sumiam discretamente. Nos scraps, a clássica frase “leio, respondo e apago” tentava manter alguma privacidade. As comunidades revelavam gostos, manias e até o estado emocional do usuário. Ter um Orkut bem montado era, na prática, um cartão de visitas digital.

CDs gravados à mão
Criar um CD personalizado era um processo quase artesanal. Baixar músicas em mp3, organizar a ordem das faixas, “queimar” o disco no Nero e, muitas vezes, imprimir uma capa feita no computador. Esses CDs tocavam nos aparelhos de som portáteis dos quartos ou eram presenteados aos amigos, carregando trilhas sonoras de hip hop, emo, pop rock e tudo que marcou a década.

Câmeras digitais e fotos selecionadas a dedo
Muito antes dos celulares com câmera, as digitais, como a famosa Cybershot da Sony, dominavam festas e encontros. Depois dos cliques, vinha o ritual de transferir as fotos para o computador, editar no Photoscape e escolher cuidadosamente quais seriam postadas. No Orkut, o limite inicial de 12 fotos tornava a seleção quase uma missão, mais tarde ampliada para 100 imagens, para alívio geral.

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