A 2ª rodada das quartas de final define hoje os outros três semifinalistas. A Tuna tem todas as condições para garantir a vaga, recebendo o Itupiranga no Souza. Podendo perder até por dois gols de diferença e com um time melhor ajustado, só um tsunami impediria a classificação da Lusa.
O PSC joga com o Bragantino, à noite, na Curuzu, precisando vencer para seguir na competição. O empate em 0 a 0 na primeira partida adicionou certo suspense à disputa, mas é fato que em casa o Papão deve ter uma outra postura, buscando o gol e se garantindo nas semifinais.
Nem as mudanças confusas que Itamar Schulle faz devem impedir que os bicolores avancem. A tendência é que, em atenção às críticas da torcida, ele evite insistir com Bruno Paulista e Ruy. Ari Moura, que pede passagem, deve ser o companheiro de Nicolas e Igor Goularte no ataque.
Em Tucuruí, o Independente enfrenta o Castanhal num autêntico clássico interiorano. Sinomar Naves contra Cacaio. Pela melhor campanha, o Galo é o mais credenciado a avançar, mas se contar com Danrlei a tarefa será facilitada. O baionense é um dos grandes atacantes do Parazão.
Remo classificado
Com a classificação encaminhada, após vencer por 3 a 1 na primeira partida, o Remo pecou por certa acomodação contra o Águia ontem à noite, no Baenão. Ganhou, mas passou a impressão de que a vantagem no cruzamento deixou o time burocrático, situação evidenciada no 1º tempo. Na segunda parte, com movimentação e intensidade, a história mudou.
Depois de algumas tentativas de aproximação, a única chance clara só aconteceu aos 46 minutos em chute de Renan Gorne por cima da trave, depois de boa manobra de Erick Flores pelo lado direito da área.
Ao longo da primeira etapa, o Remo não conseguia impor pressão pelos lados, como costuma fazer com grande eficiência. Contra um adversário muito recuado, evitando riscos, havia necessidade de um meio-campo mais criativo, mas as jogadas não fluíam.
Felipe Gedoz errava nas tentativas de lançamento e, posicionados mais à frente, Erick e Dioguinho não conseguiam entrar na área. Faltava capricho na troca de passes. Apesar da superioridade técnica, o time tinha dificuldades em demonstrar isso no jogo.
Nem os gritos irritados de Paulo Bonamigo conseguiam acelerar a saída de bola remista. Como o Águia não queria se expor e o Remo não sabia furar o bloqueio, a etapa inicial terminou em branco.
Logo no recomeço da partida, Renan Gorne quase marcou de sem-pulo, após cabeceio de Wellington Silva. Minutos depois, Bonamigo trocou Dioguinho e Gorne por Gabriel Lima e Edson Cariús.
A mudança surtiu efeito. O Remo passou a pressionar com insistência e fazendo uso correto das laterais. Marlon finalmente encontrou espaço para avançar, passando a executar a jogada mais letal do Remo, em triangulações com Gabriel e Lucas Siqueira.
Aos 19 minutos, Marlon bateu firme da entrada da área e Gustavo Henrique botou para escanteio. Aos 25’, uma tabelinha inspirada entre Erick e Gedoz abriu a zaga do Águia, mas o camisa 10 chutou para fora.
Foi pela esquerda do ataque que nasceu o gol da vitória. Aos 33 minutos, Marlon chegou à linha de fundo, cruzou rasteiro e Cariús tocou para as redes. O gol podia ter saído cinco minutos antes em jogada exatamente igual, finalizada por Cariús e defendida brilhantemente pelo goleiro.
Placar econômico, mas suficiente para assegurar um triunfo tranquilo. Bonamigo atinge mais uma etapa do processo de preparação do time, tendo a chance privilegiada de observar todos os principais jogadores do elenco.
Diante do Águia, deu nova chance – bem aproveitada – a Erick Flores, lançou o estreante Vinícius Kiss nos 20 minutos finais, experimentou Lucas como quarto zagueiro e viu Gabriel Lima imprimir velocidade ao ataque. Deve ter notado, também, que Renan Oliveira continua desconectado.
PSG cai e Neymar fica (de novo) na vontade
O grande sonho do PSG em relação à Liga dos Campeões foi adiado outra vez. O time francês caiu frente ao Manchester City de Pep Guardiola sem ameaçar de verdade o gol de Ederson ao longo dos 90 minutos. Como a Champions não dá brecha a competidores apenas esforçados, o time de Mauricio Pochettino em nenhum momento ameaçou reverter a desvantagem do primeiro jogo.
Essa incapacidade de agredir e incomodar deveu-se à superioridade do City, à ausência de Mbappé e à insistência de Neymar em dribles desnecessários e contraproducentes. O individualismo do brasileiro só acentuou as limitações coletivas do time.
No final, sem recursos para pelo menos equilibrar o confronto, ainda teve a expulsão de Di María para complicar de vez as coisas. O City triunfou com sobras, podia ter feito mais gols como consequência natural de um jogo sólido taticamente, liderado pelo excepcional Kevin De Bruyne.
Os jornais espanhóis não perdoaram o novo fracasso de Neymar. Em oito anos de Europa, ele só levantou uma Champions (2013), ao lado de Messi e Luizito Suarez no Barcelona. Muito pouco para um candidato a astro de primeira grandeza que, por ora, está mais próximo de trajetórias de jogadores bem menos cotados, como Robinho.
Só no PSG, para onde mudou de mala e cuia após ser adquirido por 222 milhões de euros, Neymar já está há quatro temporadas, sem conseguir o êxito que pretendia. Em duas ocasiões ficou de fora por lesões graves.
Mesmo naquele Barcelona de ataque infernal e grande entrosamento, o brasileiro ficou nas quartas de final da Champions em três ocasiões.
Depois das recentes frustrações, na Champions e em Copas do Mundo, Neymar periga ficar na prateleira dos jogadores excepcionalmente habilidosos, mas pouco produtivos para os times que defendem.
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