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SEM ELA, O CARRO NÃO PEGA

Bateria automotiva: nunca esqueça dela

Dicas sobre manutenção e um processo seguro para a retirada e a instalação da bateria automotiva

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Imagem ilustrativa da notícia Bateria automotiva: nunca esqueça dela camera ( Divulgação

A troca de uma bateria automotiva é algo corriqueiro nas oficinas, mas alguns cuidados, normas e procedimentos são essenciais para garantir um serviço de qualidade e a maior durabilidade do produto. Pensando nisso, a Bosch separou algumas dicas para que o aplicador realize uma ação bem sucedida e segura.

RETIRADA – De modo geral, a bateria deve ser trocada quando a sua vida útil chega ao fim – o que pode ser notado quando ocorre uma partida mais fraca, por exemplo. Mas antes da retirada, o mecânico deve primeiramente checar as normas de segurança do fabricante (existem etiquetas com as instruções necessárias na parte superior do dispositivo). Feito isso, o processo de troca pode começar: desconecta-se o cabo negativo da bateria, sem que o mesmo volte a encostar no pólo e, logo em seguida, o cabo positivo.

Para veículos mais modernos, a sugestão é ligar em paralelo no veículo uma bateria auxiliar, antes de realizar o desligamento da bateria que será substituída. Este procedimento é importante para que as memórias das diversas unidades de comando dos sistemas eletrônicos do veículo não sejam afetadas. Caso estas memórias sejam apagadas, procedimentos mais complexos de reconfiguração de alguns sistemas deverão ser executados pelo mecânico/eletricista.

INSTALAÇÃO – Ao instalar a nova bateria, um ponto deve ser levado em consideração, que é a formação do azinhavre ou, mais popularmente, zinabre. Esse material, que se forma sobre os pólos da bateria, é resultado da reação química entre o ácido sulfúrico, o oxigênio do ar e o metal do pólo e do conector. A reação ocorre quando o ácido sulfúrico do eletrólito (líquido presente no interior das baterias) é derramado sobre os pólos e conectores. Sua presença prejudica o funcionamento da bateria e compromete sua vida útil.

Caso haja presença deste material, a Bosch sugere que o cabo seja limpo com uma solução de água e bicarbonato de sódio, e esfregado com uma escova de aço até que todo o conector adquira um brilho metálico intenso e sem nenhum vestígio do zinabre. Depois, o conector deve ser lavado em água corrente e seco adequadamente. Se não existir a possibilidade de limpeza do conector ou do cabo, devido ao estado de corrosão, os itens devem ser trocados por novos do mesmo modelo e qualidade do original de fábrica. Neste caso, atentar ao diâmetro dos cabos elétricos de ligação.

Nas baterias mais modernas, não há esse problema, pois os pólos passam por um processo que impede a formação de poros, por onde poderia passar o eletrólito. Isto evita a formação do zinabre. De qualquer forma é fundamental que a limpeza dos conectores do veículo sejam cuidadosamente realizadas, afim de garantir um perfeito contato entre eles e os pólos da bateria.

Para instalar a bateria nova, o conector do cabo positivo deve ser inserido primeiramente no pólo positivo, seguido do conector negativo no pólo negativo, fixando-os firmemente até que eles não se movam mais. É importante lembrar que o encaixe do dispositivo na bandeja do veículo também é indispensável, pois baterias que trabalham soltas no suporte têm sua vida útil significativamente diminuída.

CARGA – Um defeito na parte elétrica do veículo ou o esquecimento de um equipamento ligado por muito tempo podem fazer com que a bateria descarregue. Sendo assim, uma bateria com a carga enfraquecida nem sempre está danificada – o dispositivo pode, apenas, necessitar de uma recarga. O procedimento é feito por meio de um carregador de baterias e a unidade deve ser recarregada com uma corrente igual a 10% da capacidade nominal da bateria. Portanto não é recomendado que sejam efetuadas cargas rápidas. Exemplo: uma bateria de 45 ampères necessita de uma corrente de recarga de 4,5 ampères (45 x 0,1 = 4,5 A, equivalente a 10% da capacidade).

O tempo de recarga depende do estado da bateria e do tempo de uso que ela tem. Ou seja, baterias levemente descarregadas precisam de menor tempo de recarga, enquanto que as mais descarregadas necessitam de mais tempo. Contudo, se o tempo de recarga for superior ao necessário, principalmente com corrente constante, é importante acompanhar a temperatura da bateria, que não deve exceder os 50° C, visto que temperaturas maiores que esta podem ocasionar danos severos ao produto. Uma bateria de boa qualidade tem, em média, uma vida útil de 3 anos, mas com manutenção e utilização correta, a durabilidade pode chegar a 5 anos.

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