Mulheres trocam de carro mais rápido que homens

Webmotors divulgou pesquisa sobre tendências e hábitos de consumo no mercado de veículos novos e seminovos no Brasil. O levantamento mapeia a jornada do consumidor e os impactos da classe social e do gênero entre os compradores de carros nos últimos anos. Diante da pergunta “essa foi a compra do seu primeiro carro?”, 61% disse “sim” e 39% disse “não”. Entre pessoas com rendimento entre 4 e 10 salários mínimos, as taxas mudam para 85% (sim) e 15% (não). Já para os com renda entre 10 e 20 salários, a variação fica entre 60% (sim) e 40% (não). E entre os que têm rendimento acima de 20 salários, os números somam 45% (sim) e 55% (não). Os resultados mostram a renda como diferencial para o ingresso dos consumidores no mercado automotivo e a importância de financiamento e consórcio.

TEMPO ESTIMADO – Sobre o tempo previsto pra troca de carro, pouco mais de 1/3 dos entrevistados pretende realizar a mudança “em mais de 3 anos” (36%). 30% prefere fazer isso “em até 2 anos” e 17% “em até 1 ano”. Quando o assunto é bolso, 50% de quem ganham entre 4 e 10 salários mínimos tem a intenção de trocar de veículo “em até 2 anos” – maior taxa no menor prazo, comparando com os demais extratos sociais. Para os com renda acima de 20 salários, a previsão de troca é maior no período “de até 2 anos”, mas só para 38%. Já para os com rendimento entre 10 e 20 salários, a maior concentração de previsão de troca fica “em mais de 3 anos” (55%).

Ainda sobre o tempo estimado para troca, observa-se significativa diferença no comportamento entre homens e mulheres. O público feminino que pretende mudar de carro em até 1 ano é 10% maior que o masculino. Já o de homens que desejam trocar de veículo em até 3 anos é 10% maior que as mulheres. Isto contraria o senso comum de que homens são consumidores mais assíduos de carros que mulheres.

MOTIVAÇÕES – Questionados sobre motivações para comprar o primeiro carro, os entrevistados apontaram “necessidade” (30%), “realização de sonho” (22%) e “comodidade” (18%). Por extrato social, entre pessoas com rendimento entre 4 e 10 salários mínimos, “realização de um sonho” é o motivo principal para 30%. Para quem tem renda entre 10 e 20 salários, “necessidade” aparece como a maior razão da compra (39%). Já para os com renda acima de 20 salários, há empate entre “necessidade”, “realização de sonho” e “liberdade” – apontadas igualmente por 23% dos entrevistados. A opção de pagamento à vista na primeira compra é a mais praticada (39%), seguida da escolha de consórcio (19%) e do financiamento com entrada em dinheiro (17%).

DIGITAL – No que se refere à busca de informações para tomada de decisão sobre a compra, a internet está no topo (71%) das opções, independentemente da classe social ou do gênero. Familiares (53%) e amigos (51%) são segunda e terceira opções. A força do meio digital tende a aumentar cada vez mais, seja na pesquisa, no test-drive virtual e até no pagamento.

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