
Em meio a denúncias graves e sob intensa repercussão pública, o influenciador Hytalo Santos e o marido, Israel Natan Vicente, conhecido como Euro, foram transferidos nesta segunda-feira (18) para o Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. O local, entretanto, enfrenta problema de superlotação. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), a unidade tem capacidade para 500 detentos, mas abrigava 889 presos até a última sexta-feira (15).
A transferência ocorreu após a prisão do casal na última sexta (15), em uma mansão alugada em Carapicuíba, na região metropolitana da capital. Ao ser conduzido até o veículo da polícia, o influenciador chorava, visivelmente abalado, segundo relatos de testemunhas no local.
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Acusações e investigações
Hytalo Santos e Israel Vicente são alvos de uma investigação conduzida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), que apura crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil. Eles estão presos preventivamente em São Paulo e aguardam audiência de custódia.
O caso ganhou destaque nas redes sociais após denúncias feitas pelo influenciador Felca, que publicou um vídeo alertando sobre a 'adultização' de crianças e adolescentes em conteúdos publicados por Hytalo. Ele reproduziu trechos de vídeos nos quais o influenciador aparece com menores de idade em contextos considerados inapropriados.
Além das ações do MPPB, o caso é acompanhado também pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A prisão do casal foi realizada com apoio conjunto da Polícia Civil da Paraíba, Polícia Civil de São Paulo, Polícia Rodoviária Federal e demais autoridades envolvidas.
De acordo com informações da Polícia Civil de São Paulo, cabe agora à Justiça da Paraíba solicitar formalmente a transferência dos presos para o estado de origem da investigação, caso considere necessário.
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Posicionamento da defesa
A defesa de Hytalo afirmou, por meio de nota, que o influenciador sempre esteve à disposição das autoridades e que ainda não teve acesso ao conteúdo da decisão judicial que determinou sua prisão. Segundo os advogados, a falta de acesso aos autos impede uma manifestação mais detalhada neste momento.
Ainda de acordo com a nota, a defesa irá adotar as medidas judiciais cabíveis, incluindo o pedido de habeas corpus.
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