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POBREZA MENSTRUAL

Damares concorda com Bolsonaro em não distribuir absorvente

Segundo a ministra, é preciso escolher qual será a prioridade do governo, a vacina contra covid-19 ou os itens de higiene.

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Imagem ilustrativa da notícia Damares concorda com Bolsonaro em não distribuir absorvente camera Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves | Isac Nóbrega/PR

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu nesta sexta-feira (08), o veto do presidente Jair Bolsonaro à distribuição gratuita de absorventes para estudantes de escolas públicas e mulheres em situação de vulnerabilidade. Em agenda no Paraná, a ministra disse que a repórteres que, no momento, é preciso escolher qual será a prioridade do governo, a vacina contra covid-19 ou os itens de higiene íntima.

"O nosso governo já estava apresentando esse programa, não foi entregue por causa da pandemia. Hoje, a gente tem que decidir, a prioridade é a vacina ou é o absorvente?", declarou Damares.

A ministra disse ainda que nenhum governo anterior jamais se preocupou com o tema. "As mulheres pobres sempre menstruaram nesse Brasil e a gente não viu nenhum governo se preocupar com isso. E agora, o Bolsonaro é o carrasco porque não vai distribuir esse ano", afirmou.

Segundo ela, há um programa do governo federal que ofertará os itens "na hora certa", porque o orçamento do ministério da Saúde estaria comprometido com remédios e vacinas. "É uma questão de prioridade, não vamos tirar o arroz da cesta básica para colocar o absorvente", disse.

Nesta quinta-feira (07), o presidente Bolsonaro vetou trechos de uma lei que ofertaria absorventes para estudantes de escolas públicas, mulheres em situação de rua, presidiárias e apreendidas.

Segundo ele, "a proposição legislativa contraria o interesse público, uma vez que não há compatibilidade com a autonomia das redes e estabelecimentos de ensino". Além disso, Bolsonaro afirmou que o projeto "não indica a fonte de custeio ou medida compensatória".

De autoria da deputada federal Marília Arraes (PT-PE), se sancionado, o projeto custaria aproximadamente R$ 119 milhões ao ano aos cofres públicos.

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