Uma partida interrompida, decisões contestadas e acusações públicas colocaram o Campeonato Paraense de Futsal no centro de uma das maiores polêmicas da temporada. O confronto entre Clube do Remo e América (Portel), válido pelas quartas de final, terminou fora da quadra e virou uma disputa institucional.
Em nota de repúdio, o Leão afirmou que o jogo do dia 11 de dezembro ocorreu sem ambulância e sem equipe médica adequada, o que, segundo o clube, comprometeu a segurança dos atletas e expôs jogadores a riscos desnecessários.
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O clube azulino também denunciou ausência de policiamento efetivo e um ambiente considerado hostil. De acordo com os remistas, objetos foram arremessados na quadra, atletas de outras equipes circularam pelo espaço de jogo e a torcida do América teria contribuído para um clima de intimidação.
Outro ponto central da reclamação foi a expulsão do goleiro remista, classificada pelo clube como arbitrária. O Remo sustenta que não houve expulsão durante a partida, não existia VAR ou vídeo suporte oficial e que a decisão teria sido baseada em imagens externas.
A crise se agravou com a remarcação do jogo. O Clube de Periçá afirma que foi comunicado apenas às 8h da manhã do dia seguinte de que a partida seria retomada às 11h30, o que inviabilizou a presença de parte do elenco e deixou a equipe desfalcada.
Além disso, o clube cobrou explicações sobre o fato de o América ter abandonado a quadra na partida anterior, restando 14 minutos para o fim, situação que, segundo o Remo, não foi devidamente registrada pela Federação.
Diante da repercussão, o presidente da FEFUSPA, Paulo Márcio Cecim, divulgou um vídeo rebatendo as acusações e citando o desconhecimento da regra por parte dos remistas.
"Pela regra do futsal, antes de reiniciar a partida, os árbitros possuem a prerrogativa de mudar as decisões. Foi o que aconteceu. No início, foi aplicado cartão amarelo e os árbitros decidiram, em comum acordo, em dar a punição com o cartão vermelho. Isso é regra e não tem o que discutir com quem não tem conhecimento", afirmou, ao justificar a mudança de cartão amarelo para vermelho.
Sobre a ambulância, o dirigente reconheceu que ela não estava no ginásio no momento em quem um jogador do América precisou de atendimento, e explicou que a mesma havia sido deslocada para outra ocorrência.
"Ela estava fora do ginásio. Muitas vezes ela não pode ficar 24h à disposição dos nossos jogos. Teve uma ocorrência e ela teve que se ausentar. Infelizmente, no momento disso, ocorreu um acidente, foi ligado para eles e voltaram", explicou.
Paulo Márcio também negou versões que circularam nas redes sociais digitais sobre o estado de saúde do atleta envolvido no choque. "O atleta não ficou 35 minutos desacordado, senão estaria praticamente morto, pois não teria oxigenação no cérebro. Para quem não sabe, é só dar uma pesquisada. Pela regra do futsal, tem local para o médico e atendente de cada equipe e nenhuma das duas equipes tinham médicos", declarou, classificando essas informações como falsas.
Em nota, a FEFUSPA reforçou que o jogador recebeu atendimento, foi levado ao Hospital Metropolitano e liberado após avaliação médica. A Federação reiterou que todos os procedimentos foram adotados e que permanece à disposição do atleta e da família.
Mesmo em meio à controvérsia, o jogo foi retomado e o América venceu o Remo por 7 a 6, garantindo vaga na semifinal. Na sequência, a equipe de Portel eliminou o Paysandu e avançou à decisão.
Neste sábado (13), América (Portel) e Esmac disputam a final do Campeonato Paraense de Futsal Adulto 2025, enquanto a polêmica segue viva fora das quatro linhas, com cobranças públicas, versões conflitantes e um campeonato marcado por questionamentos.
América (Portal) x Esmac (Ananindeua)
- 🎯 Data: Sábado, 13 de dezembro de 2025
- ⏰ Horário: 20h
- 📍 Local: Ginásio do Nel
- 🎟️ Ingressos: Só R$ 10!
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