A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lançou na última quarta-feira (13), o programa CBF Impacta, com o objetivo de transformar o futebol nacional em um instrumento de sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental. O anúncio foi feito durante a COP30, que está sendo realizada em Belém, em um dos eventos que discutem o futuro climático global.
O presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF) e vice-presidente da CBF, Ricardo Gluck Paul, foi o responsável pela apresentação do projeto e destacou que a Copa Verde será o ponto de partida da iniciativa — servindo como um “laboratório sustentável” para ações que poderão ser replicadas em outras competições nacionais.
“A ideia é que a Copa Verde seja mais do que uma competição. Ela vai ter um campeão, claro, mas não vai acabar quando o torneio termina. Queremos que ela se torne um organismo que se desenvolve ao longo do ano”, afirmou Gluck Paul.
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Durante o lançamento, o dirigente anunciou que a CBF estuda criar um selo verde e rankings para reconhecer boas práticas ambientais e sociais implementadas por clubes, federações e competições.
“Podemos reconhecer e criar esses rankings. Vai ser muito importante. Nossa ideia é que, no final do ano, tenhamos um grande evento de reconhecimento das grandes personalidades sustentáveis do esporte”, adiantou.
A proposta, segundo Gluck Paul, é posicionar a CBF como a primeira confederação esportiva 100% neutra em emissões de carbono, assumindo um papel de liderança no enfrentamento das mudanças climáticas.
“Queremos fazer da federação um exemplo, no país e para o mundo. É uma lacuna que precisa ser preenchida no Brasil”, destacou.
Seminários e congresso de sustentabilidade
Com o CBF Impacta, a entidade busca consolidar o futebol brasileiro como um exemplo global de engajamento ambiental e social. A expectativa é que a experiência adquirida com a Copa Verde sirva de base para ações em competições maiores, como o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.
“A Copa Verde vai funcionar como um laboratório sustentável. Vamos experimentar ações nela e, se derem certo, levaremos para as grandes competições”, concluiu Gluck Paul.
Dicas de como o futebol pode se tornar sustentável
Algumas ações podem ser colocadas em prática e assim garantir um futebol mais verde a partir de atitudes que possam ser tomadas pelos próprios clubes. Aqui algumas dicas que diretorias e executivos do esporte mais popular do mundo podem aproveitar:
- 1 - Energia renovável. Uso de painéis solares podem garantir um custo menor de energia e aproveitamento, a exemplo do que já ocorre no Mangueirão.
- 2 - Reaproveitamento da água da chuva que pode abastecer banheiros, a exemplo do uso nas descargas, e aproveitada também para a limpeza de áreas externas e internas de estádios e arenas.
- 3 - Uso de fossas sépticas ou ecológicas que garantam o reflorestamento ao redor dos centros de treinamento, geralmente cercados de verde.
Copa Verde ganha novo formato
Com 12 edições já realizadas, a Copa Verde passará por reformulações a partir da próxima temporada. O torneio será dividido entre duas novas competições regionais: a Copa Norte e a Copa Centro-Oeste, envolvendo 12 estados.
Cada copa contará com 12 equipes, divididas em dois grupos de seis times na primeira fase. Os quatro melhores de cada grupo avançam para as quartas de final, disputadas em jogo único. As semifinais e as finais de cada regional serão jogadas em ida e volta, e os campeões de cada torneio disputarão a grande final da Copa Verde.
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