Em teoria, a ideia é das melhores. Contratar um atacante que tem currículo nacional, com passagem por grandes clubes, e que é declaradamente um torcedor do clube. Aos 31 anos, o atacante Rossi (foto) é o projeto de ídolo que o PSC oferece à torcida. Propor é simples, a parte complexa está na aceitação do plano por parte do torcedor. Sob questionamentos, a diretoria do clube foi em busca do acerto com o atleta e demonstra a intenção de investir para que ele se confirme como o grande nome da equipe em 2025.
Tudo vai depender logicamente da produção de Rossi em campo. Caso confirme as expectativas dos dirigentes, fazendo gols e mostrando comprometimento, abrirá caminho para encantar a torcida Fiel.
Paraense de Prainha, ele leva a vantagem de conhecer bem as características e anseios do torcedor alviceleste. Identifica-se tanto com isso que, em vários momentos, posou com a camisa do Papão, consciente do efeito que isso causaria na alma bicolor.
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Um assumido fã de Rossi, o presidente Roger Aguilera não disfarça o entusiasmo com a aquisição. Anunciou, antes mesmo de qualquer pronunciamento do técnico Márcio Fernandes, que o reforço estará em campo neste domingo (19) na estreia contra Capitão Poço.
O jogo, aliás, sofreu várias mudanças de horário e local. Inicialmente, seria na Curuzu, às 16h. Na quinta-feira, 9, foi programado para o Mangueirão, às 17h. No domingo, nova dúvida surgiu, após a decisão da Supercopa Grão Pará. Ontem, finalmente, voltou para a Curuzu, às 17h.
Rossi já está treinando com o elenco e, segundo palavras do presidente, “está voando”. É o que o torcedor mais espera, afinal o jogador vem de uma temporada discretíssima no Vasco, com apenas 11 partidas na Série A, sem gols. No total, foram 22 jogos.
A rigor, o melhor momento de Rossi foi no Bahia, em 2021, com oito gols marcados, e no Al-Faisaly em 2023, também com oito gols. O fato é que na Curuzu vai precisar entregar bem mais do que fez no Vasco em 2024.
Atacante de lado, que une força e habilidade, Rossi sempre se caracterizou pela capacidade de furar bloqueios defensivos e a boa capacidade de finalização, atributos que perderam força nas últimas temporadas.
Combinar o reforço no condicionamento com a adaptação ao sistema de jogo do PSC será fundamental para o êxito do atacante. Depois dos gols marcados contra a Tuna e as pazes com o torcedor, Nicolas se candidata a ser um parceiro de ataque para Rossi.
Nada impede que Rossi e Nicolas formem uma dupla de sucesso durante a temporada, pois têm características diferentes e podem se completar, com a ajuda de um meio-de-campo criativo e ofensivo. Um já foi ídolo incontestável e luta para voltar a ser; o outro chega para se consagrar.
Santana define equipe com vários estreantes
O jogo-treino do Remo com o Pinheirense, no sábado (11), praticamente definiu a escalação do time para enfrentar o São Francisco, sábado, no Mangueirão. O técnico Rodrigo Santana deixou claro que vai priorizar jogadores que vêm treinando desde o início da pré-temporada.
Significa que os atacantes Felipe Vizeu (foto), Adailton, Pedro Castro e Pedro Rocha, os últimos reforços integrados ao elenco, dificilmente serão escalados de cara. Apesar disso, levando em conta a expectativa da torcida azulina, devem entrar no decorrer do confronto para serem apresentados oficialmente.
Ganharam espaço com Rodrigo os alas Cadu, Cauã e Guty. Os dois primeiros devem ser titulares e Guty é opção para o ataque, depois de se sair bem treinando na função que era de Pedro Vítor. A zaga deve ter dois estreantes, Alvariño e Lucão, e o meio pode ter Dener como armador.
Leila provoca Dudu e toma invertida grosseira
O estilo destemido e por vezes ruidoso da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, encanta boa parte da mídia esportiva paulistana. Em vários episódios, os excessos bravateiros dela foram saudados como gestos de coragem e até bravura. A contrapartida – sempre há uma – veio na forma de reações furiosas de torcedores rivais, muitas vezes passando do ponto.
A algazarra nas redes sociais não é motivo de preocupação, afinal a internet virou o paraíso dos imbecis, na certeira definição do mestre Umberto Eco. O problema mesmo é quando a pinimba envolve profissionais que até pouco tempo atrás eram funcionários do clube presidido por Leila.
Dudu (foto), ídolo palmeirense e peça importante em várias conquistas recentes, entrou em desgraça com a dirigente após pedir para ser negociado com o Cruzeiro no ano passado. O negócio não foi em frente e o atacante perdeu espaço no time de Abel Ferreira.
No começo desta temporada, a transação finalmente foi concretizada. Dudu foi apresentado pelo Cruzeiro, tudo parecia perfeitamente encaminhado. Aí, de repente, em entrevista coletiva para tratar de outros temas, Leila resolveu cutucar o ex-atleta do clube.
Acabou recebendo uma invertida de Dudu, que, à maneira dos torcedores que agitam as redes, não se esquivou de um palavrão cifrado para arrematar sua resposta. Um vexame desnecessário – para ambos. Lidar com ídolos é parte do instrumental que define um bom gestor de futebol.
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