As escolhas das "Palavras do Ano" pelos dicionários Cambridge e Oxford em 2025 confirmam uma tendência alarmante: o vocabulário global agora é moldado por fenômenos digitais que impactam diretamente a saúde mental. Com a eleição dos termos "parassocial" e "rage bait" (isca de raiva), as instituições traduzem um cenário de conexões unilaterais e consumo de informação baseado na indignação.
Especialistas alertam que o domínio dessas dinâmicas nas redes sociais não apenas altera o comportamento dos usuários, mas já é apontado como causa direta para o surgimento de transtornos de ansiedade e quadros graves de solidão patológica.
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As escolhas de "Palavra do Ano" dos dicionários Cambridge e Oxford em 2025 revelam como o comportamento digital está moldando a saúde emocional contemporânea. Com os termos "parassocial" e "rage bait", as instituições traduzem fenômenos que dominam as redes e acendem alertas entre especialistas em saúde mental.
Conexões irreais e o peso da solidão
O dicionário Cambridge elegeu "parassocial" para descrever laços emocionais unilaterais criados com figuras públicas, influenciadores ou inteligências artificiais. Segundo a psicóloga Bianca Reis, a intensificação desse fenômeno cria uma "falsa sensação de importância" em relações que não existem na vida real.
"Essa ligação é alimentada por fãs e pessoas obcecadas, o que pode gerar sentimentos de inadequação e solidão", explica a especialista. O cenário é preocupante: dados recentes indicam que a solidão patológica é um fator crítico de mortalidade global.
O mercado da indignação e a saúde mental
Já o Oxford destacou o termo "rage bait" (isca de raiva), que define conteúdos produzidos especificamente para gerar indignação e engajamento rápido. Em um ambiente digital descrito por Reis como "um terreno sem lei", essas postagens ofensivas aumentam o tráfego das plataformas à custa do bem-estar dos usuários.
"Antes, discutia-se que as redes sociais agravavam transtornos mentais. Hoje, já se sabe que elas são a causa direta do surgimento de quadros de ansiedade e depressão", alerta a psicóloga.
Para evitar ser "fisgado" por essas estratégias, a recomendação é o monitoramento constante do impacto emocional que o consumo de conteúdo causa no cotidiano, priorizando a desconexão e a busca por relações reais.
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