
As chamadas automáticas realizadas por robôs — as chamadas robocalls — tornaram-se um dos principais incômodos para milhões de brasileiros. Curtas, insistentes e frequentemente silenciosas, elas não apenas irritam os usuários, como também sobrecarregam as redes de telecomunicações. Em algumas operadoras, mais de 90% das chamadas registradas são automatizadas e duram menos de três segundos, segundo dados do setor.
Para enfrentar o problema, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as empresas do setor intensificaram as ações de bloqueio. Desde 2024, ligações com duração inferior a seis segundos passaram a ser consideradas abusivas. A medida visa conter o uso desenfreado dessas chamadas e melhorar a experiência do usuário.
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Como se proteger das robocalls
Apesar da grande escala do problema, algumas ferramentas podem ajudar o consumidor a reduzir ou até eliminar as chamadas indesejadas:
“Não Me Perturbe”: A plataforma gratuita bloqueia ligações de empresas de telemarketing, como operadoras, bancos e seguradoras. O cadastro pode ser feito em naomeperturbe.com.br e leva até 30 dias para ser efetivado.
“Qual Empresa Me Ligou?”: Ferramenta oficial da Anatel que identifica o número e a empresa por trás da ligação, permitindo ao usuário bloquear ou denunciar o contato. O acesso é feito pelo site qualempresameligou.com.br.
Além das plataformas digitais, as operadoras também estão investindo em tecnologias para detectar e bloquear chamadas automáticas antes que elas cheguem ao usuário. Campanhas educativas têm sido promovidas para conscientizar sobre o uso dessas ferramentas.
Outras dicas de proteção
- Evite atender números desconhecidos — robôs geralmente usam números aleatórios.
- Use aplicativos de bloqueio como Truecaller, Hiya e Whoscall, que ajudam a filtrar chamadas indesejadas.
- Acompanhe as atualizações da Anatel, que frequentemente publica novas resoluções e ferramentas para ampliar a proteção ao consumidor.
A expectativa é que, com a adoção dessas medidas, o número de ligações automáticas diminua gradativamente. A tecnologia, que antes era usada para incomodar, agora também serve como aliada na defesa do consumidor.
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