Uma situação inusitada tem movimentado as redes sociais neste sábado (26), principalmente pela forma como aconteceu. Um homem usou uma katana, tradicional espada japonesa usada pelos samurais do Japão, para perseguir um grupo de suspeitos que tentavam roubar bicicletas da garagem de um condomínio de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Alisson D’jean, que ficou conhecido pela alcunha de “Samurai de BH”, viralizou quando as imagens da cena ganharam as redes sociais na sexta-feira (25). A tentativa de assalto, no entanto, ocorreu no dia 13 de agosto.
Em entrevista exclusiva à CNN, Alisson conta que foi sua mãe quem percebeu a ação, após ouvir barulhos de rompimento do portão da garagem. Conforme relatou o samurai, ela até tentou não contar para ele e avisar o síndico do prédio, mas não conseguiu. Desesperada, a mãe do fisioterapeuta correu pela sala do apartamento gritando. “Estão invadindo, estão invadindo.”
Ao checar as câmeras de segurança, constatou que o prédio estava sendo invadido. O samurai colocou uma roupa, pegou a katana e foi ao elevador correndo, onde encontrou o síndico.
“Eu peguei essa espada samurai, uma katana feita à mão, uma arma de guerra, realmente, porque eu não sabia o que iria enfrentar, não sabia quantos, não sabia o tipo de armamento que eles estariam carregando”, relata o fisioterapeuta, que afirma ter começado a utilizar esse tipo de espada há quase 30 anos.
Ele diz que só não alcançou os suspeitos porque o síndico apertou um botão errado e fez com que eles parassem em outro lugar antes de chegar à garagem.
“10 segundos antes, que foi esse tempo que teve, o portão da garagem estava fechado. Eu teria encontrado com esses dois dentro do portão e o pior ou o possível pior poderia ter acontecido por um lado ou por outro”, explicou nos stories do Instagram.
Veja também:
Mulheres são presas por atearem fogo em loja de pneus
Bebê de um ano vítima de maus-tratos é resgatado no Pará
Mulher é flagrada e presa com drogas e arma de fogo
O samurai, que é fisioterapeuta, relatou a experiência nos stories do seu perfil no Instagram e contou que decidiu agir por conta própria já que a Polícia Militar, segundo ele, lavou as mãos após as três primeiras invasões ao condomínio.
“Na terceira vez, a Polícia Militar veio até aqui e falou ‘olha, eles vão entrar, vão roubar as suas bicicletas e depois vão entrar nos seus apartamentos’. Aí eu falei ‘a situação é essa?’. ‘Sim, é essa’. Então, eu avisei em casa que, caso acontecesse, eu intercederia”, afirmou Alisson.
Kill Bill de Cuiabá pic.twitter.com/qu3JTDUYZk
— ✷ mare ✷ (@babaIuuu) August 25, 2023
Segundo Alisson, a decisão foi tomada apenas com o intuito de proteger a si, sua própria família e os outros moradores do prédio. “Em hora nenhuma tive preocupação com as bicicletas, até porque eu nem bicicleta tenho”, conta.
Nas imagens, é possível ver Alisson e o síndico do condomínio no elevador. Ao sair, o ‘samurai’ começa a correr na direção dos suspeitos que, assustados, abandonam as bicicletas e fogem. Ninguém ficou ferido. Nos dias que se passaram desde o ocorrido, não foram registradas novas tentativas de invasão.
Prédio já sofreu outras tentativas de furto.
À CNN, Alisson também relatou que não foi a primeira invasão do condomínio: “Essa estava sendo a quarta invasão. Na terceira, eram 3 horas da manhã da quinta-feira de duas semanas atrás, que precedeu o Dia dos Pais”, conta. Na ocasião, entretanto, o morador decidiu não interferir.
Segundo o ‘samurai’, boletins de ocorrência também já haviam sido registrados junto à Polícia Militar, que teria afirmado que os suspeitos voltariam e tentariam nova ação: “Neste momento, eu fiz uma decisão”, afirma o fisioterapeuta. “A decisão era que, se houvesse uma recorrência, eu estaria intercedendo, porque não daria a chance deles poderem entrar no meu apartamento com a minha mãe dentro de casa”.
A CNN entrou em contato com a Polícia Militar de Minas Gerais, mas ainda não obteve resposta.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar