Um dos tipos mais utilizados pelas quadrilhas para o furto ou desvio de dinheiro é se passar por outra pessoa, pedindo dinheiro emprestado ou realizando transações bancárias em nome dessa pessoa. O golpe tem se tornado comum, e a plataforma mais utilizada para tal método é o celular e o mensageiro WhatsApp.
Usando a conta da pessoa e se passando por ela, os bandidos tem conseguido lograr as vítimas.
Uma dessas quadrilhas foi desarticulada nesta terça-feira (6) em Xinguara, distante cerca de 242 quilômetros de Marabá no sudeste paraense.
A Polícia Civil do Pará deflagrou, a operação “Arlequim” com o objetivo de dar cumprimento a mandados de busca e apreensão para a coleta de provas e depoimentos em investigação de crimes de estelionato na modalidade fraude eletrônica.
A ação faz parte de uma investigação realizada pela Diretoria de Polícia do Interior (DPI) da Polícia Civil do Pará, por meio da Delegacia do município de Xinguara, no sudeste do estado, com o apoio técnico do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por intermédio do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas (Ciberlab).
Nesta etapa da operação foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nos estados do Pará, São Paulo, Distrito Federal, Ceará e Piauí. No Pará, especificamente, foram cumpridos quatro mandados.
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As investigações iniciaram quando o número de telefone pertencente a um médico, que trabalha e reside na região sudeste do Pará, foi habilitado em outro telefone, que não era de sua propriedade e sem sua autorização. A partir de então, os criminosos começaram a enviar mensagens solicitando dinheiro a pessoas próximas ao médico. Estima-se que o grupo tenha causado um prejuízo aproximado de R$ 300 mil.
Foram alvos dos mandados de busca, além dos fraudadores, indivíduos que, de alguma forma, alugaram ou emprestaram suas contas bancárias para recebimento indevidos de valores subtraídos das vítimas, beneficiando-se ou contribuindo para o esquema criminoso.
Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam máquinas de cartões, cartões, celulares e chips utilizados para a aplicação dos golpes. A polícia ressalta que as investigações vão prosseguir a fim de levantar maiores informações e elementos que possibilitem a responsabilização criminal dos envolvidos no esquema e a identificação de novas vítimas.
Legislação
No Brasil, a pena para quem pratica golpes, nos quais o criminoso engana a vítima para obter algum tipo de vantagem, na maioria das vezes em dinheiro, é de reclusão, de quatro a oito anos, e multa (art. 171, §2º-A do Código Penal Brasileiro). Os investigados podem ser indiciados, ainda, por associação criminosa (art. 288 – CP) e lavagem de capitais (art. 1º - Lei 9.613/1998).
O termo "Arlequim" faz alusão à figura do farsante, impostor que fingindo ser a vítima, solicita valores a pessoas próximas, causando diversos prejuízos.
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