
O Auxiliar Administrativo da Prefeitura de Barcarena, José Antonio Morais Pantoja, de 45 anos, foi vítima de um atentado no dia 27 de maio de 2022. Por volta das 13h45, um homem sacou uma arma e disparou quatro tiros contra José, que milagrosamente sobreviveu aos disparos. Os tiros atingiram a cabeça, o tórax, abdômen e costas.
Tudo começou com uma disputa judicial envolvendo um imóvel, que foi concedido para José por meio de uma ação judicial em janeiro de 2022. A decisão desagradou seus próprios irmãos, que passaram a ameaçá-lo de morte. Em maio de 2023, José se viu diante da tentativa de assassinato.
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O acusado, Gleydson Moraes Queiroz, conhecido como "Cabeção", foi preso em 29 de maio de 2025, acusado de ser o responsável pela morte do radialista Luis Augusto Carneiro Costa, o "Luizinho Costa", em Abaetetuba. O crime aconteceu durante um programa de rádio ao vivo, no mesmo dia do atentado contra José, 27 de maio mas do ano de 2025, ou seja, três anos depois.
Segundo José, ele reconheceu Gleydson como o homem que lhe atentou contra a vida. “No meu caso foi do mesmo jeito, estava trabalhando quando ele chegou e me atirou. Inclusive, dois dias antes, dei água pra ele”, disse Deda, como é conhecido.
A tentativa de homicídio contra José foi planejada com frieza. O acusado se aproximou dele durante a semana de 23 a 27 de maio de 2023, fazendo perguntas sobre como conseguir um emprego e monitorando as rotas de fuga. Na sexta-feira, dia 27, ele retornou e, após confirmar o horário de fechamento do expediente, desceu de moto, de capacete, e disparou contra a vítima.
José foi socorrido e passou 22 dias em coma, além de mais 27 dias na enfermaria. Embora tenha recebido alta, ele ainda se recupera das sequelas físicas, como sangramentos nasais, e será submetido a uma cirurgia reparadora.
Em conversa com a reportagem, Deda detalhou a sequência de eventos e afirmou, com convicção, que Gleydson é o responsável pela morte do radialista e pela tentativa de assassinato contra ele. Ele também revelou que a motivação para o crime seria a disputa pela casa com os irmãos, mas não soube identificar qual dos irmãos ordenou o assassinato.

O juiz Álvaro José da Silva Sousa está preparando o processo para que Gleydson seja julgado em Tribunal do Júri por tentativa de homicídio. José, por sua vez, ainda convive com as sequelas físicas e emocionais do atentado e aguarda o julgamento do acusado. "Foram muitos tiros, amigo. Estou vivo pela misericórdia de Deus", declarou.
A ficha criminal de Gleydson é extensa, com diversas prisões desde 2022, incluindo uma por porte ilegal de armas de uso restrito. Apesar disso, ele foi solto por uma decisão judicial posterior e segue livre, mesmo após a aceitação da denúncia por tentativa de homicídio.

Outro ponto relevante é que a mesma pistola cromada calibre 0 ponto 40 usada no atentado contra José foi utilizada também para matar o radialista Luisinho. Gleydson confessou o crime, alegando um desacordo comercial como motivação. No entanto, ele nega sua autoria na tentativa de homicídio contra José, o que lhe garantiu um benefício judicial, mas Deda mantém a convicção de que foi ele quem tentou matá-lo.
Deda espera que o acusado seja finalmente julgado pela tentativa de homicídio e que a justiça, desta vez, o mantenha preso para que ele pague pelos crimes cometidos.
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