
Belém recebeu um dos reconhecimentos culturais mais importantes de sua história: o título de Capital Mundial do Brega, concedido pela ONU Turismo. A cerimônia de entrega da honraria foi realizada na sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, com forte presença de autoridades, artistas e representantes do movimento brega.
A consagração veio após aprovação na 123ª reunião do Conselho Executivo da ONU Turismo, em Segóvia, na Espanha, presidida pelo ministro do Turismo, Celso Sabino. Foi ele quem entregou o título à capital paraense, em um evento repleto de emoção e simbolismo.
“Esse título é de Belém, ninguém tira. O brega é mais que música — é emoção, identidade e pertencimento”, declarou o ministro.
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O prefeito de Belém, Igor Normando, celebrou o reconhecimento como uma oportunidade de fortalecer a presença internacional da cidade por meio de sua cultura:
“O brega é a alma de Belém. Nosso ritmo nos projeta para o mundo com legitimidade, cor, som e orgulho. Agora, a capital paraense brilha como merece.”
Mais de 30 artistas participaram da cerimônia e prestaram homenagens a figuras históricas do brega. Um dos momentos marcantes foi a entrega de uma placa simbólica a Celso Sabino, em agradecimento por seu empenho na valorização do ritmo. O gesto também o nomeou, de forma carinhosa, como “Ministro do Brega”.
“Como paraense, sei o valor que o brega tem para nossa gente. Como ministro, sigo firme para que essa potência cultural seja reconhecida dentro e fora do país”, afirmou Sabino, emocionado.
Tributo aos precursores do ritmo
O evento também foi palco de reverência aos artistas que abriram caminho para o brega no Pará, muitos dos quais enfrentaram marginalização e preconceito ao longo das décadas. Entre os homenageados estavam Wanderley Andrade e Helen Patrícia, vocalista da banda Xeiro Verde.
“Esse título é fruto da luta de quem veio antes — de quem cantava sem palco, enfrentando o preconceito. Belém é capital do brega porque nunca abandonamos nossa arte”, afirmou Helen.
Com o título oficial, Belém se consolida como referência global de um ritmo que expressa sentimentos profundos, une gerações e carrega a força da identidade popular paraense.
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