
Uma operação da Polícia Federal em caráter conjunto com a Fundação nacional dos Povos Indígenas (Funai), resultou na apreensão de armamento, munições e mercúrio em áreas de garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Kayapó, localizada no município de Ourilândia do Norte, no sudeste do Pará. A ação ocorreu na última sexta-feira (11), durante fiscalização na calha e margens do rio Fresco, importante afluente do rio Xingu.
Em um dos acampamentos, garimpeiros fugiram com a chegada dos agentes. No local, foram encontrados aproximadamente 200 cartuchos de diversos calibres, entre eles .556, 9mm, .38, .22, 20 e 28, além de seis armas de fogo, incluindo um fuzil calibre .556. Também foram apreendidos quatro quilos de mercúrio, embarcações, motores, peças de dragas de extração de ouro e uma antena de internet via satélite, o que indica o uso de estrutura tecnológica avançada pelos criminosos.

Em outra área, foi localizada uma draga utilizada em extração de ouro em processo de montagem. Os ocupantes foram identificados, ouvidos e liberados. Cerca de dois mil litros de combustível, veículos e equipamentos utilizados na extração de ouro foram destruídos.
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De acordo com os órgãos envolvidos, a atividade ilegal tem causado impactos severos ao meio ambiente, com a poluição das águas do rio Fresco por sedimentos e mercúrio. A Terra Indígena Kayapó tem sido alvo recorrente de ações criminosas de garimpo, o que compromete a qualidade de vida das comunidades e a preservação ambiental da região.
Veja o vídeo:
Consequências legais
Além das apreensões, os responsáveis pelo garimpo ilegal poderão responder por crimes ambientais, porte ilegal de arma de fogo e usurpação de bens da União, com penas que podem ultrapassar 10 anos de reclusão. As ações ilegais têm causado sérios prejuízos às comunidades indígenas da região, afetando diretamente a qualidade da água, a pesca e a saúde dos moradores da Terra Indígena Kayapó.
Para ampliar a conscientização e o engajamento do público, a Polícia Federal divulgou imagens da operação e um vídeo que mostra o momento da destruição dos equipamentos utilizados na extração do ouro.
(Com informações de James Oliveira)
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