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UM ALERTA SOBRE ALIMENTAÇÃO

Menina perde visão após 8 anos com dieta de ultraprocessados

Bella foi diagnosticada com o transtorno alimentar restritivo evitativo (Tare), que leva os indivíduos a limitarem severamente os tipos de alimentos que consomem.

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Imagem ilustrativa da notícia Menina perde visão após 8 anos com dieta de ultraprocessados camera Bella é autista não verbal, e não conseguia comer outros alimentos, limitando a menina à uma dieta extremamente restritiva. | (Reprodução Freepik)

Bella, de 16 anos, passou anos se alimentando apenas de batatas fritas e salgadinhos. Em decorrência dos hábitos alimentares prejudiciais à saúde, a menina desenvolveu um transtorno alimentar raro.

Uma alimentação que possua com base apenas alimentos ultraprocessados pode ser mais prejudicial do que possamos imaginar. Grandes desafios são enfrentados por grande parte da população na tentativa de manter uma alimentação saudável.

Quando o assunto envolve alimentação infantil, os desafios tornam-se ainda maiores. Isso se dá porque algumas crianças, ainda nos anos iniciais de vida, manifestam certa aversão a vegetais, de modo geral. Esse panorama pode se tornar ainda pior quando não existem exemplos em casa de uma rotina de alimentação saudável e adequada.

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Recentemente, um quadro específico vem chamando atenção, e conta com detalhes para lá de sensíveis as conseqüências de uma dieta inadequada sofridas por Bella, uma menina de 16 anos e que por anos manteve uma dieta bem restrita, à base de batatas fritas e salgadinhos. Ela não conseguia comer outros alimentos, o que limitava suas refeições a esses itens.

No entanto, o desafio enfrentado pela mãe da adolescente não é nada simples, uma vez que Bella é autista não verbal. Em entrevista concedida a um jornal inglês, Sam e Dave MIldon, pais da menina, relataram a rotina difícil que enfrentam ao lado da filha, que, durante oito anos, teve uma dieta altamente restritiva.

Carência de Vitamina A

Aos 12 anos, uma criança britânica, chamada Bella, começou a esbarrar nos móveis de sua casa, levando sua mãe a se preocupar com o comportamento. Em um dia fatídico, a mãe entrou no quarto da filha e a encontrou inconsciente. “Eu estava fora de mim”, comentou a mãe, que reside em Nailsea, na Inglaterra.

Imediatamente, os pais levaram Bella ao hospital, onde conseguiram reanimá-la. Contudo, a boa notícia da recuperação foi ofuscada por uma revelação devastadora: a menina havia perdido a visão. A causa foi identificada como xeroftalmia, uma condição resultante da carência de vitamina A, que pode culminar em perda visual. Durante o tratamento, a família também descobriu que a menina apresentava um distúrbio alimentar pouco conhecido.

Condição Rara: Tare

Bella foi diagnosticada com o transtorno alimentar restritivo evitativo (Tare), que leva os indivíduos a limitarem severamente os tipos de alimentos que consomem. Embora ela consumisse alimentos calóricos, seu peso era interpretado como aceitável, enquanto, na verdade, ela estava gravemente doente. “É difícil saber se sua perda de visão poderia ter sido totalmente evitável se seu distúrbio alimentar tivesse sido levado a sério desde o início”, lamentou a mãe.

A família acredita que crianças autistas, como Bella, deveriam passar por testes abrangentes para avaliar suas deficiências nutricionais. Apesar de não ser amplamente reconhecida, a condição possui tratamento. O Tare é caracterizado por mudanças drásticas no comportamento alimentar e é mais comum em crianças que enfrentam conflitos durante as refeições.

Os sintomas incluem baixo peso, dificuldades de crescimento e deficiência de macronutrientes. É importante ressaltar que muitos médicos podem não ter conhecimento suficiente sobre o distúrbio, o que torna essencial a consulta a uma equipe multidisciplinar.

Os pacientes com Tare costumam preferir alimentos insípidos e não saborosos, como massas, torradas e cereais. O tratamento pode envolver várias estratégias, incluindo terapias específicas e suporte nutricional, que determinará a necessidade de suplementos adicionais. Vale lembrar que não se deve forçar uma criança a comer; as recomendações do especialista devem ser sempre consideradas.

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